“Jesus e a revolução do amor” (Lc 14, 12-14)
Durante a quarta etapa da subida para Jerusalém, numa refeição, Jesus ensina a agir gratuitamente, sem interesses. Para purificar a própria intenção e nada fazer buscando recompensa neste mundo, ele sugere que se convide para uma refeição quem não pode retribuir, como os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos.
Convidando quem não pode retribuir, purificamos a intenção do coração. Assim, podemos sempre verificar por que esta e aquela ação estão sendo feitas. O pecado aparece quase sempre ligado a alguma estrutura. Há coisas que nós criamos e que, se não existissem, não seriam objeto de desejo e cobiça. Assim, fazer uma festa para os pobres já corta de início interesses ocultos.
A recompensa do que fazemos gratuitamente nos será dada na ressurreição dos justos, diz Jesus. Ele afirma que haverá uma ressurreição garantida ao menos para os justos. Todos ressuscitarão, mas ressuscitarão para a vida os que foram justos. A intenção do coração reto colabora para sermos considerados justos no dia do julgamento. O Livro do Apocalipse fala de uma segunda morte, que será definitiva, para os que não foram justos.
Morremos, somos julgados, se aprovados, iremos para o céu, se reprovados, para o inferno. São noções-limite que podem ajudar a reflexão e a conversão enquanto temos tempo.