Após ser compartilhado em massa nas Redes Sociais, o pop it se tornou uma “febre” entre as crianças.
O passatempo é encontrado, geralmente, como uma bandeja de silicone colorida com várias bolinhas. O objeto é tido como “brinquedo anti-estresse” e tem diferentes tamanhos.
A coordenadora do serviço de psicologia do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, Cristina Borsari, contou como o brinquedo surgiu e quais seus benefícios.
“Ele se popularizou há alguns anos, tinha o nome de spin. Uma mãe americana de uma criança com deficiência intelectual desenhou e criou esse brinquedo. A partir disso, se popularizou. Agora, na pandemia, depois de tanto tempo de isolamento social, esse brinquedo veio à tona”, disse Cristina.
“Esse movimento repetitivo de ficar apertando as bolhas traz um relaxamento e uma amenização de ansiedade ou conflito que a criança está vivendo. Quando ela tem o brinquedo em mãos, realmente traz um momento de descontração e de pensar em nada. Os adultos, quando tinham aquele plástico bolha, falavam que aquilo era ‘anti-estresse’. Isso é mais ou menos semelhante”, explicou.
O passatempo tem diferentes formatos, como animais, coração e personagens de desenho. Com o preço médio de R$ 40, os pais encontram o brinquedo vendendo em sites de produtos em atacado, bancas de jornal e em camelôs – estrategicamente posicionados na porta de algumas escolas.
Veja restrições
O pop it é considerado um item da categoria “fidget toys”, que traduzido do inglês significa brinquedo para inquietação. Ou seja, são usados para relaxar e acalmar.
A experiência com o brinquedo deve ser exclusiva. A pessoa não deve estar fazendo outra atividade – como ver TV – enquanto estiver brincando para evitar uma “confusão sensorial”.
“Nós temos uma confusão sensorial. Está entrando informação pelos olhos, pela audição e pelo tato. Não é muito adequado. O ideal é utilizar os pop its e não estar na TV ou tablet ou ouvindo música. Ao manipular o brinquedo, a criança entra num estado de concentração e vai promover o desenvolvimento cognitivo. O ideal é que o brinquedo seja usado quando ele for único na experiência”, disse Cristina Borsari.
FONTE: GLOBO.COM