O mercado de alimentos picados tem crescido diante da facilidade que leva ao consumidor, segundo comerciantes que apostaram no ramo.
Em Maringá, funcionárias de uma quitanda unem o trabalho manual ao uso de algumas máquinas para higienizar, descascar e picar as frutas, verduras e legumes.
Segundo elas, é esse hábito crescente dos consumidores que preferem comprar os hortifruti, em bandejas, que mantém os empregos.
Oportunidade de negócio
O comerciante William viu no setor uma oportunidade de negócio e montou a quitanda há menos de um ano após perceber a alta procura pelos alimentos picados.
“Dentro do hortifruti, ele [alimento picado] representa já 20% do nosso faturamento. Vamos dar o exemplo da couve né. A couve in natura a gente venda a R$ 2,69, e a couve já shifonada, a gente vende a R$ 4,50. Mas claro o cliente ganha na praticidade e na facilidade do preparo do alimento dele”, contou.
De olho no consumidor, as feiras livres começaram a aderir à opção.
Em Maringá, várias barracas oferecem as bandeiras com picados. Para isso, os produtores tem que seguir normas rígidas.
“Existe uma série de exigências que cada produtor que queira participar dessas atividade tem que seguir rigorosamente. Então para o consumidor é uma grande vantagem porque ele sabe que aquele produto que ele está levando pra casa é fiscalizado pela vigilância sanitária”, relatou o engenheiro agrônomo Jorge Ogassawara.
Segundo ele, o nicho de mercado é uma tendência mundial, inclusive na questão da produção de lixo.
“Na Europa, no Japão, na Asia principalmente, tem se trabalhado muito isso para não formar lixo dentro de casa porque se você leva um produto natural, querendo ou não vai formar um pouquinho de lixo. Esse sistema fica fácil para manipular e fica fácil para o consumidor usar no dia a dia como salada ou como refogado, qualquer que seja a forma como ele tiver trabalhando”, finalizou.
Delivery
Para a consumidora Bibiana Sordi, a facilidade é ainda multiplicada pelo recebimento dos alimentos picados na porta de casa por meio do serviço de delivery.
“Na correria pra mim foi ideal. Os alimentos já vem lavados, picados. Facilita muito pra gente ter uma alimentação boa, de qualidade, e com praticidade, rapidez mesmo, na porta de casa. Os alimentos chegam bem selecionados, a gente não tem que se preocupar “, afirmou a profissional de marketing.
Variedade
No caso da produtora Norma Sassaki, começou aos poucos, hoje são mais de 30 variedades de alimentos picados, “a gosto do freguês”.
“Conforme o cliente vai pedindo , a gente vai picando: giló fatiado, quiabo picadinho, espaguete de chuchu que é novidade. Até espaguete de chuchu de batata doce. O chuchu a gente só dá uma escaldada nele, faz um molhinho de carne moída e serve ele. Fica muito gostoso”, ressaltou Norma.
FONTE: G1 PARANÁ.