Diálogo é uma das premissas da Paraná Turismo para a retomada do setor no Estado. Essa ampla discussão de ideias acontece em Grupos de Trabalho (GTs), estratégia cada vez mais procurada para unir as instituições públicas, empresários, sociedade civil organizada e as comunidades inseridas em locais turísticos. O objetivo é qualificar os diversos segmentos para torná-los mais competitivos.
As propostas dos GTs são utilizadas pela Paraná Turismo por meio do Conselho Paranaense de Turismo (Cepatur), órgão colegiado que reúne representantes do setor e atua como instrumento da Política Estadual de Turismo.
O diretor-presidente da Paraná Turismo, João Jacob Mehl, destaca que o turismo tem especificações e particularidades que exigem um foco distinto para cada segmento, seja religioso, rural, histórico, de aventura ou comercial.
“Temos que ter grupos de trabalho e pessoas preparadas em cada segmento e atentas às peculiaridades de cada um. Sem isso, é impossível conseguir organizar essa tarefa num Estado com 399 municípios e realidades distintas. O turista não pode fazer uma trilha sem segurança e sem atendimento ou até mesmo ir a uma cachoeira sem guias preparados”, disse.
Cada grupo é composto por câmaras técnicas, que são responsáveis por temas específicos e por instituições representativas dos poderes público e privado e da sociedade civil. Também podem participar os escritórios regionais das instituições que o compõem, como o Instituto Água e Terra (IAT), por exemplo.
Um dos pontos mais importantes para o bom andamento de uma iniciativa com Grupo de Trabalho é que haja uma frequência constante de encontros. De acordo com o servidor técnico da Paraná Turismo, Evandro Pinheiro, os GTs oferecem apoio à qualificação dos segmentos turísticos para torná-los competitivos.
“O grupo de trabalho pode criar câmaras técnicas. No GT Náutico, por exemplo, temos a câmara técnica de Legislação e Regulamentação, na qual tratamos sobre o transporte aquaviário de linha ou de turismo”, explicou.
A meta dessa câmara técnica, especificamente, é começar a trabalhar na regulamentação das linhas Paranaguá-Guaraqueçaba e Paranaguá-Superagui, que são intermunicipais e, por conta disso, passam a ser responsabilidade do Estado.
“Quando se reúne os interesses, as responsabilidades e o comprometimento dentro de um segmento, sente que tem que participar para a coisa melhorar. Outra empresa que esteja trabalhando no mesmo ramo não é necessariamente concorrente, mas sim parceira, e isso é fator que agrega para o desenvolvimento do segmento”, acrescentou Pinheiro.
O turismo do Estado do Paraná já conta com diversos GTs, entre eles o Náutico, o Religioso, o Rural e, mais recentemente, ocorreu a primeira reunião de integrantes do GT EcoAventura.
Entre as pautas do Náutico estão o Encontro dos Gigantes (rios Paranapanema e Paraná), Cartilha de Mergulho e Turismo em Reservatórios.
O Turismo Religioso é um dos setores que mais atrai visitantes e que mais possui atrativos. Destaca-se a região Terra dos Pinheirais, com 157 atrativos presentes, sendo 36 de cunho religioso. De acordo com um levantamento do Sebrae, realizado em 2020 em parceria com a Paraná Turismo, este foi o terceiro segmento com maior número de atrativos (299) no Paraná.
O Grupo de Trabalho do Turismo Rural foi retomado recentemente, sendo composto por representantes de cinco entidades públicas e mais nove convidadas. A atividade apresentou uma forte procura a partir do segundo semestre do ano passado, devido à pandemia, por oferecer espaços ao ar livre e belezas naturais, além de culinária regional e uma diversidade de culturas tradicionais.
Por fim, o GT da EcoAventura foi o mais recente criado no Estado, para atender a demanda de opções de lazer em aventura e ecoturismo. Além disso, estuda-se a retomada e a abertura de grupos de trabalho para outros segmentos, como a Gastronomia.
FONTE: Paraná Turismo