A equipe do Portal Ourovivo entrou em contato com o Professor de História, Ivanildo Sachinski a fim de entender a questão histórica sobre a guerra
Neste sábado (5), a invasão russa à Ucrânia chega ao seu décimo dia. Até o momento, os países ainda não encontraram uma solução diplomática para o conflito. O governo da Rússia segue avançando suas tropas em busca de locais que consideram estratégicos. Nos ataques mais recentes, os russos chegaram à cidade de Kharkov e à Usina de Zaporizhzhia.
A equipe do Portal Ourovivo entrou em contato com o Professor de História, Ivanildo Sachinski, que é Doutorando em Educação pela Unicentro e atua como professor da Rede Estadual de Ensino em São Mateus do Sul, a fim de entender a questão histórica que envolve os interesses entre os países e instituições envolvidas.
De acordo com o Professor Ivanildo, a Guerra da Ucrânia reacendeu as disputas históricas por território e poder do chamado Leste Europeu, e que passam por questões de nacionalismo e de imperialismo. Rússia e Ucrânia formavam historicamente o Império Russo e depois também a chamada União Soviética. A proximidade é primeiro cultural e linguística, e que tornam os dois povos “irmãos”, ao mesmo tempo que, o imperialismo de Putin os torna passiveis de serem dominados. Mas também é uma proximidade permeada por questões territoriais, acesso ao Mar Negro e recursos minerais, principalmente nucleares.
Historicamente precisamos entender a Guerra da Ucrânia como uma consequência de disputas ainda maiores, que envolvem as constantes tensões oriundos da Guerra Fria e de uma frágil paz construída com acordos e acertos nem sempre igualitários, pensados pelas nações tidas como “mais poderosas” e impostas às demais.
Ao mesmo tempo, não podemos desprezar o fato de ser um processo de invasão imperial de uma nação contra outra justificada pela alcunha da “liberdade”, desculpas que são reiteradas vezes utilizadas para justificar ofensivas militares, não somente pela Rússia, mas como por Estados Unidos e países europeus. “Guerra é guerra” e quem mais sofre são os inocentes, as crianças, as populações menos favorecidas, os jovens que morrem por interesses de uns poucos.