A Diocese iniciou suas atividades em 6 de março de 1977 na cidade de União da Vitória
A Diocese de União da Vitória foi criada pela Bula Pontifícia Qui Divino Consilio,do Papa Paulo VI, no dia 3 de dezembro de 1976, territorialmente composta de áreas tiradas da Diocese de Ponta Grossa, da Arquidiocese de Curitiba e da Diocese de Guarapuava, composta de onze municípios do sul do Paraná, com uma população diminuta de talvez menos de 200.000.
Os municípios de General Carneiro e Bituruna, tirados da Diocese de Palmas, foram anexados a União da Vitória só em 9 de fevereiro de 1984, com o Decreto da Congregação para os Bispos “De mutatione finium”. Isto fez com que a nova configuração territorial, agora com mais de 10.000 Km², colocasse esta novel diocese no nono lugar, territorialmente, entre as dezessete dioceses paranaenses do Rito Latino.
No momento de sua instalação (06 de março de 1977), a diocese tinha menos de 8.000 Km², com onze municípios, doze paróquias (sendo quatro no perímetro urbano de União da Vitória, com oito padres) e um total de 18 padres, sendo 4 seculares e 14 religiosos, com 4 municípios sem padres, mais 40 religiosas de várias congregações.
No dia 6 de março de 1977, no Estádio Ferroviário, assume o primeiro bispo, numa cerimônia que contou com a participação de mais de 14 bispos do Paraná e de Santa Catarina e do Núncio Apostólico Dom Cármine Rocco. Após a sagração episcopal de Dom Walter Michael Ebejer, O.P., foi oficialmente instalada a Diocese e dando a nova Cátedra simbólica da diocese ao seu pastor, que desde então declarou que iria se concentrar na formação de líderes leigos e de novos sacerdotes.
Dedicou-se, a partir daí, ao seu compromisso, visitando assiduamente o interior e suas numerosas comunidades/capelas, expondo as diretrizes pastorais, incentivando o espírito comunitário, a implementação do Culto Dominical, a formação de Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística (MECEs).
Entre outros projetos, ampliou a Rádio Educadora (da Mitra), iniciou o Boletim Diocesano “Estrela Matutina”, reforçou a catequese e as associações religiosas. Destacou também seu trabalho, uma campanha sistemática (em cada capela) de mentalização contra o Êxodo Rural, que estava ameaçando os pequenos agricultores e esvaziando o interior, e a adoção de modernos sistemas de agricultura.
Até hoje é forte a presença do pequeno agricultor, e a construção e ampliação de capelas continua. Também dedicou tempo dirigindo pessoalmente inúmeros cursos de formação para leigos. Foi reitor do seminário maio e, até hoje, é professor de filosofia e teologia.
De fato, em fevereiro de 1984, foi inaugurado o primeiro bloco de quatro andares do Seminário Diocesano Rainha das Missões, para os alunos do seminário menor e do Propedêutico, inaugurando o Curso Institucional de Filosofia em 28 de janeiro de 1985, e o de Teologia em 22 de fevereiro de 1987. Em seguida, abriu as portas do seminário para religiosos locais e seminaristas de dioceses do centro e do nordeste do Brasil, formando bom número de padres para essas dioceses.
A diocese ordenou os primeiros diáconos permanentes em 1982, formados na Escola de Formação Permanente durante cinco anos; a segunda diocese do Paraná a estabelecer o diaconato permanente. Muito trabalho entre as comunidades agrícolas pelo Bispo e os padres, na formação dos primeiros sindicatos rurais da região e de uma pastoral Rural dinâmica e juvenil.
A diocese organizou enorme rede de socorro e de cozinhas comunitárias durante as desastrosas enchentes de 1983, e uma campanha de distribuição de móveis (camas, colchões, guarda-roupas, mesas, etc.) a milhares de pessoas, financiada por benfeitores brasileiros, firmas internacionais, dioceses (inclusive a Santa Sé), a Cáritas Brasileira, a LBA, e outros, conseguindo construir dezenas de casas de material para os desabrigados.
Atualmente a diocese tem mais de quarenta sacerdotes, entre eles 25 do clero secular, doze diáconos permanentes (outros candidatos a serem ordenados logo) e umas quarenta religiosas. As paróquias são 25, com mais de 400 comunidades. O Boletim diocesano “Estrela Matutina” tem uma tiragem de 12.000 exemplares. Foram celebradas seis Assembléias Diocesanas, até a chegada do novo Bispo Diocesano, Dom João Bosco Barbosa de Sousa, OFM*.
Fontes: Diocese de União da Vitória