Hoje no TBT do Jornal Aconteceu, onde resgatamos momentos marcantes da nossa história desse saudoso veículo de mídia que informou nossa cidade por tantos anos. Relembraremos uma matéria sobre uma preciosidade encontrada pós uma seca terrível no rio Taquaral.
[MATÉRIA DE 2011 NA ÍNTEGRA]
Com a escassez de chuvas na região, o nível das águas dos nossos rios está tão baixo que causa muita preocupação nos moradores. Inclusive já está sendo percebida a morte de muitos peixes, possivelmente devido à falta de oxigenação da água. Porém, apesar de todos os problemas que a estiagem tem trazido, ela acabou revelando algumas preciosidades que estavam há muito tempo desaparecidas no fundo do rio Taquaral. Em um trecho próximo do desembocar no rio Iguaçu, ficaram à mostra algumas embarcações da época de ouro da navegação.
Esta das fotos é a que se encontra no local de mais fácil acesso, mas ainda há outras duas. Segundo apurou o senhor Nelson Chaves de Souza, grande pesquisador da navegação do rio Iguaçu, na verdade trata-se de uma chata, que atendia pelo nome de Marli. Segundo ele, o local onde ela apareceu era o antigo estaleiro do senhor Augusto Tararan, que encerrou as atividades em meados da década de 50. Portanto, o tesouro descoberto estava ali há mais de 50 anos. As chatas eram as embarcações que navegavam ao lado dos vapores, carregando madeira.
A chata Marli acompanhava o vapor Araguaçu e tem cerca de 20 metros de comprimento, sendo mais comprida que as normais. Por possuir uma caldeira menor, o vapor Araguaçu não atingia grande potência, por isso puxava apenas uma chata um pouco maior, ao invés de levar duas chatas, como era o caso dos outros. Próximo a ela o baixo nível do rio também revelou o casco do vapor Vitória, mas como já foi dito, está em local de acesso mais difícil. Pelo visto, a estiagem causou ao menos um bem para São Mateus, que foi trazer à tona essas relíquias que se julgavam perdidas no tempo.
[FIM DA MATÉRIA]
Fonte: Retirado na integra do Jornal Aconteceu. (03 a 09 de abril de 2011).