Segundo a prefeitura, evento foi um teste e teve direito a mesas e pista de dança, com restrições. Vigilância disse que irá monitorar participantes.
Um baile com 375 pessoas foi autorizado pela Prefeitura de Pato Branco, no sudoeste do Paraná, para testar medidas de segurança contra a Covid-19. O evento foi acompanhado pelo setor de Saúde do município.
Segundo a prefeitura, o baile teve medidas de segurança. O processo envolveu a aferição de temperatura e uso de tapetes sanitizantes. No local havia mesas, onde só poderiam ficar pessoas que fizessem parte de uma mesmo núcleo familiar ou de contato diário.
O evento também autorizou uma pista de dança, com controle eletrônico para limitar o número de casais. As duplas tiveram que usar máscara e manter distância de três metros.
Todos que estiveram no baile tiveram que fornecer dados pessoais. A Vigilância Sanitária disse que vai monitorar todos os participantes.
De acordo com o Coordenador da Vigilância Sanitária, Rodrigo Bertol trata-se de um primeiro evento, que servirá para monitorar as medidas adotadas, também as pessoas que frequentaram o local. “Temos os telefones de quem compareceu e agora vamos monitorar os sintomas”, afirma Bertol, completando que “dentro da unidade de saúde e dos hospitais, está tranquilo”.
Ainda segundo o chefe da Vigilância Sanitária, as pessoas que estão positivando nos últimos dias, não estão retornando para atendimento médico hospitalar. “Do ponto de vista epidemiológico estamos monitorando. Agora, se vai dar certo [abertura de eventos com público como foi o caso do baile] vamos ver esta semana”, diz ele, falando que a ideia é ter eventos seguros.
Cirlei Wagner dos Santos, que atua na fiscalização da Vigilância Sanitária de Pato Branco, também destaca que o evento do domingo foi um teste e que a capacidade de público ficou limitada a 17%.
Ela lembra que no fim de abril, o Município publicou uma portaria que regulamenta a realização de eventos. “Revimos a portaria de 2020. A diferença é que ela [Portaria 3/2021] possibilita que os eventos aconteçam, mas ela não autoriza”, afirma Cirlei exemplificando que na portaria anterior não era permitido dança e na atual sim, o mesmo ocorrendo com festa infantis, que até então não eram permitidas e com a portaria publicada em 23 de abril, agora é possível.
Cirlei explica ainda que para a realização de eventos a portaria ainda estabelece dois critérios, que segundo ela são primordiais e precisam ser observados, como o fato de os espaços de festas terem que estabelecer protocolos sanitários, o chamado Plano de Contingência, que deve ser aprovado pela Vigilância Sanitária. O segundo é que segue sendo necessário a autorização por parte da Vigilância de cada evento que se pretende realizar.
De acordo com Cirlei “a diferença do que aconteceu ontem [domingo, 9], para o que acontece em um bar que tem música ao vivo, e que está liberado novamente a mais de um mês, é a pista de dança”, comenta, afirmando que havia todo um protocolo estabelecido desde a entrada do clube, até a permanência no local.
Ainda segundo a responsável pela fiscalização assim como em bares, as mesas no clube foram distanciadas com mais de dois metros, e enquanto as pessoas estavam nas mesas não era obrigatório o uso de máscaras. Já quando se dirigiam para a pista, assim como em momentos de circulação em áreas comuns, o uso de máscara era obrigatório.
“Eu apliquei mais multas [pelo não cumprimento de medidas, como uso de máscara] este ano, do que no ano passado inteiro”, afirma Cirlei ao comentar que houve por parte de boa parte da população um relaxamento das regras estabelecidas para o enfrentamento da pandemia, falando ainda que em todos os locais há descumprimento e que o trabalho vem sendo constante, ao mesmo tempo, que pontuou que a grande maioria dos participantes do evento teste usaram máscara quando na pista de danças, havendo alguns descumprimentos pontuais.
FONTE: G1 Paraná / Diário do Sudoeste.