O volume do comércio varejista ampliado paranaense cresceu 8% no primeiro semestre de 2021 e 5% no acumulado dos últimos doze meses, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na quarta-feira (11). Com esse resultado, que engloba todos os segmentos, inclusive automóveis e materiais de construção, o setor, um dos mais afetados pela pandemia, aponta sinais mais consolidados de recuperação.
Na passagem do mês (maio a junho) houve um pequeno recuo de 3,3%, depois de duas altas consecutivas nos meses anteriores, de 3% (abril) e 4,4% (maio). Na variação mensal (junho de 2020 e junho de 2021), a evolução foi de 3,5%.
Os principais condutores do setor no semestre foram as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (22,9%), material de construção (22%), veículos, motocicletas, partes e peças (19,9%), materiais de uso doméstico (15,4%), tecido, vestuários e calçados (11,4%), móveis (9,9%), combustíveis e lubrificantes (2,4%) e equipamentos para escritório (2,3%).
No recorte sem materiais de construção e veículos, que têm muito peso no setor, o crescimento foi de 1,5% no semestre e 1,6% nos últimos doze meses. No primeiro segmento, além do crescimento semestral, houve evolução mensal em junho de 12,5% e nos últimos doze meses, de 17,2%. No segmento de automóveis, motocicletas, partes e peças, o aumento foi de 7,2% na variação mensal e de 8,5% no acumulado do último ano (julho de 2020 a junho de 2021).
Segundo a Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), 2021 tem sido marcado pela retomada nos setores de óticas, cine-foto-som, concessionárias de veículos, móveis, decorações e utilidades domésticas, materiais de construção, autopeças, farmácias e combustíveis.
SERVIÇOS – Na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quinta-feira (12) pelo IBGE, o volume da atividade cresceu 5,2% no primeiro semestre e 17,3% no comparativo mensal de junho com o mesmo mês de 2020. Os indicadores foram puxados nos primeiros seis meses por serviços prestados às famílias (1,2%), informação e comunicação (2,7%), profissionais, administrativos e complementares (5%) e transporte, serviços auxiliares aos transportes e correio (8%).
O turismo, uma das principais atividades do setor de serviços, também mostrou recuperação no semestre, com crescimento de 1%. A relação é com o primeiro semestre de 2020, momento da chegada do coronavírus ao Paraná e da decretação das primeiras medidas restritivas no Estado e nos municípios. Em paralelo, dentro desse novo contexto, com aumento da vacinação, houve aumento de 10,4% no setor na passagem do mês (maio a junho) e de 67,1% em relação a junho de 2020.
FONTE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)