Para os supeticiosos, a data é cercada por assombros e azar. Entre as lendas que surgiram ao longo dos anos, passar longe de escadas e tomar cuidado para não quebrar espelhos são algumas ações que as pessoas costumam tomar para afastar má sorte.
Além disso, as suspertições foram imortalizadas principalmente pelo cinema norte-americano na década de 1980, com a sequência de filmes de terror intitulada Sexta-feira 13, com o personagem Jason Voorhees. Entretanto, todo esse misticismo tem explicações mais longínquas, baseadas no cristianismo, mitologia nórdica e até na história.
Uma das versões para a fama assombrada da data aponta para o fato de que Jesus Cristo foi morto em uma sexta-feira e, um dia antes, ele se reuniu com discípulos na última ceia, sendo que 13 pessoas estiveram presentes na ocasião. Já na mitologia nórdica, há a história de um banquete realizado pelo deus Odin, que convidou outras doze divindades. Loki, deus da trapaça, do fogo e da travessura, ficou inconformado quando soube que não tinha sido convidado para a festa. Então, ele provocou uma confusão que resultou na morte de um dos convidados. A partir daí, foi criado o mito de que um encontro com treze pessoas sempre tem um desfecho ruim.
Outra perspectiva remonta ao início do período medieval na Europa. Antes de se converterem à fé cristã, os escandinavos eram politeístas e tinham admiração por Friga (origem para friadagr e friday, “sexta-feira” em escandinavo e inglês). No entanto, depois da conversão ao cristianismo, os escandinavos passaram a amaldiçoar a deusa do amor e da beleza e a enxergá-la como uma bruxa que se reunia toda sexta-feira com onze feiticeiras e o demônio para lançar pragras contra a humanidade.
Há também a visão histórica, pois no dia 13 de outubro de 1307, que caiu em uma sexta-feira, o rei Felipe IV teve a filiação na ordem religiosa dos Cavaleiros Templários recusada, o que causou revolta. Então, o monarca ordenou perseguição ao membros da organização, gerando uma série de mortes.