A produção leiteira paranaense diminuiu nos últimos dias. Entre as principais causas estão a estiagem, que prejudicou pastagens já implantadas e o plantio de novas, e os custos crescentes da atividade.
O Estado vive uma situação de falta de chuvas generalizadas há quase 60 dias. Com isso, muitas propriedades precisaram adaptar bebedouros ou buscar água fora. E, tão grave quanto essa situação, é a das pastagens em péssimas condições em algumas bacias leiteiras, como a do Sudoeste e do Oeste. Com menos oferta de alimento, a produção se reduz.
Aliado a isso, o atual período é de transição de pastagens. Ou seja, as forrageiras de verão estão em fase final e começa o plantio das espécies de inverno: aveia e azevém. Entretanto, a seca impossibilitou a semeadura na época mais propícia, que seria até o início deste mês, prevendo-se que a falta de alimentação pode persistir.
Mas as dificuldades do produtor não se restringem às pastagens. As lavouras de milho safrinha destinadas à produção de silagem foram igualmente prejudicadas pela estiagem e muitas não poderão ser usadas para alimentar o rebanho. Com isso, a dieta deverá ser de produtos com preço em alta no mercado, como milho e soja, o que acarreta aumento no custo de produção do leite e desistência de alguns produtores.
Como em outras atividades, também na agropecuária o uso de tecnologias garante uma condição mais confortável. É o que acontece com produtores de leite da região centro-oriental do Estado, onde estão municípios como Palmeira, Ponta Grossa e Castro. Ali, a dependência de pastejo é menor e os produtores trabalham com alimentação estocada de boa qualidade e produzida na propriedade, ajudando a reduzir custos e ter menos problemas com a produção. Há relatos pontuais de perda de menos de 5%. Nessa região, a dificuldade atual é o atraso no plantio das forragens de inverno.
FONTE: Agência Estadual de Notícias (AEN).