“Ele veio para nós, os pecadores” (Mt 2, 13-17)
Como na vocação de Pedro, André, Tiago e João (Mc 1,16ss), também aqui Jesus chama, e o seguimento é imediato. Nesta perícope, no entanto, há uma novidade: Levi é cobrador de impostos, categoria duplamente impura. Estava em relação com os romanos (impuros) e abusava das coletas. A lei de pureza proibia entrar na casa de impuros e de comer com eles.
Mas Jesus instaura o Reino que é Boa Notícia para as pessoas que se viam à margem da religião oficial. Os escribas se escandalizam, pois sua prática religiosa não vai à busca dos excluídos. Sua religião não é Boa Notícia ao povo; antes, é opressão. Jesus, como o bom pastor, não se preocupa com a Lei, mas com as pessoas, principalmente com aquelas que mais precisam. Não teme tornar-se impuro.
Ele é o pastor com cheiro de ovelha. Acima da Lei está a pessoa humana. Como se busca, hoje, as pessoas marginalizadas: prostitutas, drogados, mendigos etc.? Ou se dá preferência às pessoas aparentemente boas, que não se sentem pecadoras? O verdadeiro pastor se aproxima das ovelhas perdidas?