Jogos Paralímpicos de Tóquio iniciaram nesta terça-feira (24)

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Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 tiveram início nesta terça-feira (24), e terão duração até o próximo dia 5 de setembro (domingo). A cerimônia de abertura, foi realizada no Estádio Nacional do Japão.

Entre as curiosidades, os Jogos de Tóquio marcam a estreia de duas modalidades, o parabadminton e parataekwondo. Ambas começam na segunda metade dos Jogos. 

A delegação brasileira será composta por 259 atletas (incluindo atletas-guia, calheiros, goleiros e timoneiro), além de comissão técnica, médica e administrativa, totalizando 435 pessoas. Jamais uma missão brasileira em Jogos Paralímpicos no exterior teve tamanha proporção. Na última edição fora do Brasil, em Londres 2012, o Brasil compareceu com 178 atletas, até então a maior. O número para a capital japonesa só é superado pela participação nos Jogos Rio 2016, já que o Brasil garantiu vagas em todas as modalidades por ser país-sede e contou 286 atletas no total, ficando em oitavo lugar no ranking de medalhas.

São163 atletas homens e 96 atletas mulheres, o que significa uma representatividade de cerca de 37% feminina entre o total da delegação brasileira paralímpica que está no Japão. O aumento da participação das atletas em todas as modalidades paralímpicas é um dos pilares do planejamento estratégico 2017-2024 do CPB. A meta para os próximos anos é ocupar todas as vagas femininas que houver na delegação brasileira para a disputa dos Jogos. Para Tóquio 2020, a marca não foi possível porque o basquete feminino não se classificou.

Atletas paralímpicos brasileiros estarão nas disputas de 20 das 22 modalidades do programa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, são elas: atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, goalball, halterofilismo, hipismo, judô, natação, parabadminton, parataekwondo, remo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco, tiro esportivo e vôlei sentado. O Brasil só não possui participantes no basquete em cadeira de rodas e no rúgbi em cadeira de rodas.

A modalidade com o maior número de atletas será o atletismo, com 65 representantes e 19 atletas-guia. Na última edição do Mundial da modalidade, em Dubai 2019, o Brasil alcançou o inédito e histórico segundo lugar no quadro geral de medalhas, atrás somente da China.

A preparação dos atletas paralímpicos durante a pandemia foi realizada em formato de bolha no Centro de Treinamento Paralímpico desde o dia 7 de julho de 2020, quando houve a reabertura parcial do local após aprovação da prefeitura de São Paulo. O CT Paralímpico foi o espaço no qual a maioria das seleções brasileiras realizou sua preparação, obedecendo a rígidos protocolos de saúde e segurança. Em maio de 2021, o Brasil recebeu a doação do COI (Comitê Olímpico Internacional) de vacinas da Pfizer e da Coronavac para aplicação em atletas, comissão técnica, estafe, e demais membros da delegação brasileira que seguiria para Tóquio a partir de 5 de agosto.

Em seu Planejamento Estratégico, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) estabeleceu como meta manter-se entre as dez principais potências do planeta nos Jogos Paralímpicos. O objetivo para Tóquio 2020 é ficar no top 10 no quadro geral de medalhas.  Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil conquistou 72 medalhas no total: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze, sendo o maior número de láureas já conquistadas pelo país em uma edição dos Jogos. 

Os medalhistas de ouro em provas individuais receberão R$ 160 mil por medalha, enquanto a prata renderá R$ 64 mil cada e o bronze, R$ 32 mil. O título paralímpico em modalidades coletivas, por equipes, revezamentos e em pares (bocha), valerá um prêmio de R$ 80 mil por atleta. Já prata, neste caso, será bonificada com R$ 32 mil e o bronze, com R$ 16 mil. Demais integrantes das disputas, atletas-guia, calheiros, pilotos e timoneiro, vão receber 20% da maior medalha conquistada por seu atleta e 10% a cada pódio a mais do valor da medalha seguinte. 

O Brasil já conquistou 301 medalhas na história dos Jogos Paralímpicos. Ao todo, foram 87 de ouro, 112 de prata e 102 de bronze. O país está entre os 20 países que mais medalharam em toda a história dos Jogos Paralímpicos. Com as 301 medalhas no total, o país está na 19ª colocação do quadro de medalhas baseado na quantidade geral de pódios. Se for contabilizado o quadro de medalhas com base nas conquistas de ouro, como é feito em cada edição do evento para efeito de desempate, o Brasil ocupa o 23º posto mundial.

Maior referência atual da natação brasileira paralímpica, Daniel Dias (classe S5) é o atleta com mais pódios na história do Brasil, com 24 medalhas em apenas três edições dos Jogos, sendo 14 de ouro, sete de prata e três de bronze. Apenas em Londres 2012, quando foi porta-bandeira da delegação, foram seis medalhas de ouro nas seis provas individuais disputadas, o que também fez o nadador ser o principal atleta do país com maior quantidade de “pódios dourados”.

Alexandre Muller
Alexandre Mullerhttps://ourovivo.com.br
Comunicador são-mateuense, especialista em eventos e atividades sociais. Apaixonado por São Mateus do Sul e seus tesouros.
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