“Vida: Tempo de decisão” (Lc 12, 49-53)
Na terceira longa etapa da caminhada para Jerusalém, Jesus mostra aos discípulos que é urgente tomar uma decisão. Decisões se tomam e precisam ser tomadas. Paulo escreve aos romanos: “Feliz aquele que não se condena na decisão que toma”. Há decisões erradas.
A primeira foi tomada por Adão e Eva no início da história da humanidade, e as consequências estão aí. Incertezas e inseguranças cansam a mente. Pode ser isto, pode ser aquilo e acaba não sendo nada. Tome uma decisão. Decida-se por Cristo. Ele está ansioso para receber o batismo de sua morte de cruz, ansioso para lançar fogo sobre a terra. O Espírito Santo virá em forma de fogo, e os discípulos, decididos, sairão do refúgio do cenáculo. Irão para a rua anunciar com intrepidez o Reino de Deus.
As decisões criam divisões porque não temos a mesma visão do que está acontecendo. Temos capacidade de interpretar os acontecimentos da vida, mas, não sendo intuitivos, nós nos diferenciamos nas interpretações. Pai, mãe, filho, filha, sogra, nora, cada um vê a vida do seu jeito. No meio da confusão, salva-se o sogro, de quem ninguém fala mal. A paz de Jesus não é de águas paradas. É resultado de decisões corajosas. É hora de optar, mesmo silenciosamente, pelo caminho verdadeiro que conduz à vida.
