“Não vim para abolir, mas para cumprir“
Evangelho (Mt 5,17-19):
“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir. Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo aconteça. Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus”.
Hoje escutamos do Senhor: “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas; (…), não vim para abolir, mas para cumprir” (Mt 5,17).
No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Antigo Testamento é parte da Revelação divina: Deus no início deu-se a conhecer aos homens através dos profetas. O Povo escolhido reunia-se nos sábados na sinagoga para escutar a Palavra de Deus. Assim como um bom israelita conhecia as Escritura e as punha em prática, aos cristãos convêm a meditação freqüente diária, se fosse possível das Escrituras.
Em Jesus temos a plenitude da Revelação. Ele é o Verbo, a Palavra de Deus, que se fez homem, que vem a nós para dar-nos a conhecer quem é Deus e quanto nos ama. Deus espera do homem uma resposta de amor, manifestada no cumprimento dos seus ensinos: “Se me amais, observareis os meus mandamentos” (Jo 14,15).
No texto do Evangelho de hoje encontramos uma boa explicação na Primeira Carta de São João: “Pois amar a Deus consiste nisto: que observemos os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados” (1Jo 5,3). Observar os mandamentos de Deus garante que lhe amamos com obras e de verdade. O amor não é só um sentimento, senão que também pede obras, obras de amor, viver o duplo preceito da caridade.
Jesus nos ensina a malicia do escândalo: “Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus!” (Mt 5,19). ‘Eu conheço a Deus’, mas não observa os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele” (1Jo2,4).
Também ensina a importância do bom exemplo: “Quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus” (Mt 5,19). O bom exemplo é o primeiro elemento do apostolado cristão.