A AstraZeneca informou, nesta segunda-feira (21/2), que o medicamento Enhertu, usado no tratamento do câncer, também ajuda significativamente as mulheres com câncer de mama metastático com baixos níveis de proteína HER2.
Um estudo clínico, concentrado em mulheres que tentaram três a quatro terapias anteriores sem sucesso, mostrou que o Enhertu é capaz de prolongar a sobrevida das pacientes e retardar a progressão do câncer de mama metastático.
Em comunicado, a farmacêutica anglo-sueco afirmou que a melhora dessas pacientes foi “clinicamente significativa” quando comparada à quimioterapia padrão. Os resultados do estudo em estágio final serão apresentados em uma conferência médica.
“Trata-se de redefinir a categorização do câncer de mama e aumentar o número de opções para as mulheres”, afirmou Susan Galbraith, chefe de pesquisa e desenvolvimento em oncologia da AstraZeneca.
Segundo Galbraith, mais estudos devem testar futuramente o tratamento também em mulheres nos estágios iniciais da doença, com níveis de HER2 alto e baixo.
O Enhertu pertence à classe de terapias chamada conjugados de anticorpo (ADC, na sigla em inglês), anticorpos projetados para se ligar às células tumorais e liberar substâncias químicas que matam as células em seguida.
Ele é comercializado desde 2019 para outros tipos de câncer, como o gástrico causado por HER2. Outros estudos testam seus benefícios também contra o câncer pulmonar e colorretal.
FONTE: METROPOLES