“Somos a Igreja que age no poder do Espírito” (Lc 9, 1-6)
Lemos, ouvimos e meditamos os textos bíblicos. São a Palavra de Deus para todos os tempos. A partir deles elaboramos a eclesiologia, a cristologia e todos os tratados que compõem a reflexão teológica da comunidade cristã.
Neles percebemos que a comunidade de Jesus não é estática. Seus membros se movem e andam pelo mundo. Não estão presos a estruturas que ainda não existem e poderão ser boas quando existirem. Jesus convoca os Doze e lhes dá autoridade sobre todos os demônios.
Envia-os para anunciar o Reino e curar os enfermos. Os apóstolos partem, percorrem povoados, anunciam a Boa-Nova, curam os doentes. Não levam nada e hospedam-se onde são acolhidos. Tudo isso é possível também hoje. Também hoje é possível receber autoridade sobre os demônios.
Tal autoridade se verificará na prática. Quanto aos doentes, o poder é dado para curá-los de suas enfermidades. Tal poder, como se exerceria hoje, sem falsidades? Milagres falsificados, sugestões fortes são um bom meio de enganar o povo e amontoar riquezas.
Mas, quanto à cura verdadeira de quem está doente, como fazê-la acontecer nos dias de hoje? A fé, quando existe, é sempre uma boa resposta, sobretudo se unida à caridade.