“Como oferta feita a Deus” (Lc 21, 1-4)
Nesta semana, encerrando o Tempo Comum, vamos ler o capítulo 21 de São Lucas, último capítulo antes da narração da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Hoje nos encontramos com a viúva que, da sua pobreza, ofereceu tudo o que tinha para viver.
Em seguida, ouviremos o discurso de Jesus sobre a ruína de Jerusalém, um verdadeiro fim de mundo, com a descrição dos sinais que precedem o fim dos tempos. A viúva se torna um modelo para quem entra nos últimos dias. Ela salvou a sua vida oferecendo tudo o que possuía para viver.
Não se apegou a nada. Libertou-se de tudo. Pode voar, solta no universo, até a casa do Pai. Ela agiu com fé, na certeza de que não seria abandonada. Outros valores a fariam viver, já que nem só de pão vive o homem. Podemos perguntar se essa mulher não estava sendo enganada, explorada por quem a convenceu de que era preciso doar tudo o que tinha, mesmo sem ter nada. Os dias que encerram o ano litúrgico são dias de julgamento do mundo.
Cristo, Rei do Universo, sentou-se em seu trono de glória e deu início ao julgamento da humanidade. Todos prestarão contas de seus atos. O que fizeram com as duas moedinhas que a viúva lançou no cofre das ofertas? Ela é responsável por seu gesto. O que fizeram com as moedinhas, não depende dela. Que o dinheiro depositado tenha a melhor destinação, para os necessitados, para o anúncio da Boa-Nova, para o culto divino.