A chegada do inverno inaugura, no Paraná, a colheita de uma das frutas mais produzidas no mundo – a tangerina. A região do Vale do Ribeira é uma das maiores produtoras do Brasil. Esse é um dos assuntos abordados pelo Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 17 a 23 de abril.
As tangerinas foram, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a oitava fruta mais produzida no mundo em 2019. Em uma área de 2,7 milhões de hectares, espalhada por 80 países, produziu-se 35,4 milhões de toneladas do cítrico. A China é a líder da atividade, responsável por 56,1% da safra mundial.
O Brasil ocupa a sétima posição. Em 2019, foram produzidas 984,9 mil toneladas em 22 unidades da Federação, com liderança de São Paulo. O Paraná é o terceiro maior produtor de tangerinas, com 6,9 mil hectares de cítrico e colheita de 113,8 mil toneladas.
A região do Vale do Ribeira responde por 80% da produção estadual, com 5,6 mil hectares e 90,8 mil toneladas. O município de Cerro Azul, nessa região, tem a maior produção individual no País e responde por 9,8% da oferta das variedades ponkan, montenegrina e murcote.
A nova safra de tangerina, de 2021, começou a ser colhida nos primeiros dias deste mês. Os agricultores estão recebendo em torno de R$ 27,00 pela caixa de 22 quilos, mas a tendência é que haja redução, na medida em que a colheita se intensifique.
Nas Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa), foi a sexta fruta mais comercializada em 2020. Foram 40,9 mil toneladas, que renderam R$ 86,1 milhões, com preço médio de R$ 2,10 o quilo. No entreposto da Ceasa em Curitiba, a caixa de 20 quilos da tangerina ponkan é comercializada, hoje, entre R$ 25,00 e R$ 30,00.
FONTE: Agência Estadual de Notícias (AEN).