A Justiça condenou oito pessoas por infrações ambientais no Paraná. Entre elas dois servidores do Instituto Água e Terra (IAT): um ex-chefe regional e um fiscal de Pato Branco.
As investigações do caso começaram em 2019. A suspeita era de um caso de propina para reduzir o valor de uma multa de crime ambiental registrado em Palmas.
Conforme a ação, 750 araucárias nativas do Paraná – árvores ameaçada de extinção – foram derrubadas em uma propriedade de um casal de fazendeiros.
Os promotores acusam o casal de cortar as árvores e pagar propina aos ex-agentes do IAT para que a multa fosse reduzida.
As investigações apontaram que os ex-funcionários receberam R$ 30 mil para fazer laudos falsos, que indicavam um número menor de araucárias cortadas e que as árvores derrubadas não eram de espécie nativa.
De acordo com a denúncia, um advogado da cidade e engenheiros ambientais foram os responsáveis pela negociação do pagamento da propina.
Além disso, um empresário de Pato Branco, dono de um supermercado, usou o próprio estabelecimento para receber o dinheiro e repassar para os agentes.
A defesa dos condenados afirmou que irá recorrer do resultado e que, até a conclusão do processo, eles seguirão em liberdade.
Sentenças
O ex-chefe regional do IAT foi condenado a 14 anos de prisão e o ex-fiscal a 11 anos por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O casal de fazendeiros foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão pelo crime de corrupção ativa.
O empresário que usou o mercado para recebimento da propina foi condenado a 5 anos e 7 meses de prisão por lavagem de dinheiro.
O advogado e os engenheiros ambientais foram condenados a mais de 9 anos de prisão
A espécie pode chegar a 50 metros de altura e é considerada uma árvore de vida longa que pode viver de 200 a 300 anos.
Por conta da exploração indiscriminada da madeira e do manejo inadequado, a araucária está ameaçada de extinção. Como uma forma de reverter esse cenário, existem leis que proíbem os cortes dessas árvores e preveem multas aos infratores.
FONTE: G1 PARANÁ