“Qual é a pergunta mais importante da vida?” (Lc 9. 18-22)
Herodes queria ver Jesus, queria saber quem ele era. As respostas que obteve falavam de alguém do passado que estava voltando.
Na verdade, Jesus é o profeta anunciado por Moisés no Deuteronômio; é o Messias, que Miqueias viu saindo de Belém; é o Filho do Homem, morto e ressuscitado, que Zacarias viu transpassado.
A tradição o esconde atrás do trono de Davi, no Messias glorioso que vem restaurar a realeza. A encarnação também o esconde em Jesus de Nazaré. No meio das muitas opiniões, Jesus queria saber o que os seus discípulos e amigos pensavam dele: “E vós, quem dizeis que eu sou?”.
Quem conviveu com ele o descreveu nos Evangelhos. Quem não conviveu interpreta o que está escrito ou recebe a graça de alguma revelação particular. Não se pode proibir Jesus de se revelar a quem ele quiser.
Como, porém, dizer quem é Jesus para mim se não o vejo com os olhos, não o ouço com os ouvidos, não o toco com as mãos? Permanecendo no Evangelho de Lucas, a parábola do bom samaritano me dá uma resposta: “Vai tu e faze o mesmo que fez o samaritano”. Fazer o que o samaritano fez é um modo de primeiro experimentar quem é Jesus para depois poder dizer quem ele é.