Sabe aquela resposta que a maioria das pessoas hoje em dia dá quando alguém faz “aquela” pergunta? Pois volta e meia ocorre com na Feira do Produtor, na barraca dos livros, como é conhecida a Barraca dos Amantes da Leitura, e dificilmente passa um sábado em branco sem que alguém peça a sugestão de um livro para ler, com a clássica, “O que você me indica?” e a resposta que vem a mente é sempre a mesma “Não me faça pergunta difícil!”, mas normalmente não se responde isso. Fica só no pensamento.
O gosto de cada um é diferente do outro, às vezes podemos dizer até mesmo que depende da época ou do que se está vivendo, para que aquele que gosta de ler venha a escolher seus livros, e para indicar com alguma assertividade algum livro para uma pessoa estranha, se torna realmente difícil. O jeito é perguntar sobre assuntos ou autores que leu e gostou para que se tenha uma referência para poder indicar algo que tenha na banca.
O número de livros disponíveis não é grande, mas é variado e tem sempre algo para qualquer um que goste de ler ou experimentar algo.
Ali naquele pequeno mundo de livros procuramos ter um tanto de diversidade para atender ao máximo de pessoas, e de algumas semanas para cá um grupo de uns 20 livros (vai diminuindo a cada semana) tem deixado maravilhado alguns cinquentões ou mesmo sessentões que encararam os livros da Série Vaga-Lume e dizem para nós ou para seus filhos que leram no ginásio.
Aí já têm de explicar o que é “Ginásio” (antigamente era o período do hoje segundo grau ou Ensino Médio), mas acho que o tempo passa mesmo, pois na verdade eles queriam dizer que leram foi de 5ª a 8ª série.
Na verdade essa série que cresceu muito com o tempo foi a grande porta de entrada da grande maioria dos leitores no Brasil. Talvez alguns nem lembrem mais da história de A Ilha Perdida, O Caso da Borboleta Atíria, O Mistério do Hotel Cinco Estrelas ou o Escaravelho do Diabo, mas lembra de ter lido em algum lugar do passado. Um lugar que foi maravilhoso, pois o sorriso que vem no rosto deles denota a maravilhosa lembrança. E mais, eles querem que os filhos tenham o mesmo prazer de ler que eles lembram de ter tido naquele passado distante.
Indicar os livros que a pessoa vá gostar não é uma tarefa das mais fáceis, pois seria fácil se perguntassem “O que você gosta de ler?”, aí teria que comentar antes, “Tem tempo? Então senta aí que a conversa é longa!” O instante conta muito sobre o que se está lendo, quando falo em se ler histórias que eu gosto e não aqueles livros que eu preciso, por questão de trabalho ou estudo. Falando de livros para meu deleite, meu enriquecimento pessoal. A gama vai desde a vontade (não o dever) de aprender algo, até a vontade de viajar a outros mundos numa ficção científica que pode levar a um mundo 500 anos à frente ou até mais. Tem horas que é necessário um pouco de amor, de humor, de reflexões e assim vai a gama de sentimentos que um livro pode nos levar.
Um bom leitor deve estar aberto a experiências e também a fim de satisfazer suas próprias vontades e a cada vez ler mais e mais, ler os clássicos e também os desconhecidos, os best sellers e os desconhecidos, dar uma chance a todos, pois muitas emoções vão surgir daí. Não esqueça dos desconhecidos.