“O anúncio de uma grande alegria: chegou o Reino de Deus” (Lc 13, 18-21)
Chegamos ao fim da terceira etapa da viagem de Jesus com seus discípulos, subindo para Jerusalém. A etapa termina com duas pequenas parábolas sobre o Reino. Jesus não diz o que é o Reino, mas pergunta com que poderia compará-lo.
E ele mesmo responde dizendo que o Reino é semelhante a um grão de mostarda e ao fermento que se põe na farinha. O Reino começa pequeno, cresce, torna-se abrigo para quem nele quiser se aninhar. Ele cresce pouco a pouco como as três medidas de farinha nas quais foi colocado um pouco de fermento.
O Reino é como o fermento na massa. Faz a massa crescer. Tem menos volume do que a massa e fica escondido no meio da farinha. Pequenas ações são sinais do Reino. Nem imaginamos o alcance que elas têm. Pergunto à pequena semente o que vou fazer com ela. Podiam me ter dado instrumentos maiores para uma obra grandiosa. A surpresa será ver quantos passarinhos farão os seus ninhos no arbusto crescido.
Foi num antigo galinheiro que Santa Irmã Dulce começou a cuidar de pobres e doentes, assim como fez em 1691, no Santuário da Lapa, na Bahia, Francisco de Mendonça Mar, que se tornou padre e foi chamado de Francisco da Soledade. Sua vida oculta e eremítica foi verdadeiro fermento na massa, massa de pobres e necessitados que ele acolhia e de inúmeros peregrinos hoje no Santuário do Bom Jesus da Lapa.