Kelly Muller foi até a capital da Ucrânia, para buscar sua bebê, fruto de barriga de aluguel. Ao contrário do Brasil, na Ucrânia esse método de adoção é legal. E agora está escondida no subsolo de um prédio com mais 30 pessoas.
A Ucrânia tem sido bombardeada pela Rússia desde a quinta-feira (24). Na sexta-feira (25), a capital Kiev começou ser cercada também.
Kelly fala sobre a rotina no bunker para onde ela e o marido foram depois de a cidade ter sido cercada, em um vídeo divulgado pelo Portal G1.
“Escutamos explosões, olhamos pela janela e tem filas de carros parados. É cenário de filme. Quando a minha filha sorri e esqueço que tem uma guerra lá fora. Estamos de mãos atadas, não tem o que fazer com uma bebê recém nascida nos braços”, relatou Kelly. Ao JMais, ela contou que há um toque de recolher e pelo menos até as 8 da manhã de segunda-feira, 28, eles não podem deixar o prédio onde estão. “Ninguém pode sair porque se sair será considerado inimigo. Ontem (sexta) saiu um trem com brasileiros daqui de Kiev, mas não achamos seguro deixar esse local no momento. Hoje teve mais um trem cedo, nos sentimos mais seguros, mas aí não tinha carro para ir até a estação. Aqui quem tem carro não tem gasolina. Agora, perto das 17h (hora de Kiev) foi dado o toque de recolher porque a situação voltou a ficar insegura”.
Kelly contou ainda, por WhatsApp, que está em contato com a embaixada brasileira na Ucrânia, mas teme perder a comunicação se ficar sem Internet.
FONTE: https://www.jmais.com.br/canoinhense-que-esta-na-ucrania-relata-drama-da-guerra/