As Pequenas e Microempresas paranaenses foram responsáveis pela criação de 8.328 postos de trabalho em março, 72,37% das 11.507 vagas abertas no Estado naquele mês. Com o resultado, o Paraná foi o quinto estado brasileiro com a maior geração de empregos formais pelos pequenos negócios. Os dados foram levantados pelo Sebrae, com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
Nos primeiros três meses do ano, as micro e pequenas empresas responderam por 65% do total de novos postos de trabalho, colocando o Estado na quarta posição no segmento. Elas abriram 51.022 das 78.484 vagas criadas no Paraná entre janeiro e março. O número é quase três vezes maior na comparação com o mesmo período do ano passado, quando 17.087 novas vagas tinham sido criadas.
Com 78.484 novas vagas com carteira assinada, o primeiro trimestre de 2021 foi o melhor na abertura de postos de trabalho no Estado desde 2004, início da série histórica do Caged. O Paraná ocupou a quarta posição no País no período. Também foi o melhor março na geração de empregos desde 2014. “O Paraná tem atingido recordes mês a mês na criação de empregos, mesmo com uma pandemia que restringiu o funcionamento de muitas atividades”, afirmou o Governador Carlos Massa Ratinho Junior.
As empresas de médio e grande porte responderam por 3.021 vagas em março e 26.982 no trimestre e a administração pública por 119 postos em março e por 193 nos três primeiros meses do ano no Estado. Em março, o Paraná ficou atrás de Minas Gerais (17.338), São Paulo (13.983), Santa Catarina (11.827) e Rio de Janeiro (9.432). No acumulado do ano, os maiores geradores de vagas nas micro e pequenas empresas foram São Paulo (134.585), Minas Gerais (67.229) e Santa Catarina (54.132).
O número de empresas abertas em março também cresceu no Estado, com um saldo 9,8% superior com relação ao mesmo mês do ano passado. Grande parte dos novos CNPJs são pequenos negócios, com o segmento dos Microempreendedores Individuais (MEIs) dominando as aberturas (76,9% do total), mas também com grande participação de empresários individuais e Eirelis.
O maior saldo em março foi criado na indústria de transformação, com 3.302 vagas, seguido do setor de serviços (2.404), construção (1.167), comércio (1.040), agropecuária (307), serviços industriais de utilidade pública (SIUP) (64) e extrativismo mineral (44).
No trimestre, a geração de emprego nas micro e pequenas empresas foi puxada pelo setor de serviços, com 16.997 novos postos. Na sequência vêm a indústria de transformação (16.015), comércio (10.663), construção (5.967), agropecuária (1.092), SIUP (159) e extrativismo mineral (129).
São consideradas microempresas as que contam com até 19 empregados nos setores extrativista mineral, indústria da transformação e construção e por até nove empregados na agropecuária, comércio, serviços e SIUP. As pequenas empresas são aquelas com 20 a 99 empregados no primeiro segmento e com 10 a 49 no segundo.
Em março de 2021, as micro e pequenas empresas foram responsáveis pela geração de 57,9% dos empregos com carteira assinada no Brasil, o que corresponde a quase 107 mil vagas. O resultado é superior aos postos de trabalho criados pelas empresas de médio e grande porte, que foi pouco mais de 67 mil. Foi o nono mês seguido que os pequenos negócios puxaram a geração de empregos no País.
No acumulado do ano, dos cerca de 837 mil empregos gerados no primeiro trimestre, 587 mil (70,1%) foram criados pelas micro e pequenas empresas, enquanto as médias e grandes empresas criaram 190 mil (22,7%). Quando se observa o saldo mensal médio, as MPEs atingiram patamar superior a 195 mil novos postos de trabalho, enquanto as MGEs tiveram um número aproximado de 63 mil. Isso significa que a cada novo posto de trabalho gerado por uma média e grande empresa, os micro e pequenos empreendimentos geram outras três vagas.
FONTE: Agência Estadual de Notícias (AEN).