O resultado da produção industrial nos primeiros quatro meses de 2021 confirma o processo de recuperação da economia no Paraná. A indústria paranaense cresceu 18,1% no quadrimestre, na comparação com o mesmo período do ano anterior, terceiro melhor resultado do País. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A média nacional de crescimento no período foi de 10,5%, com a região Sul liderando a expansão industrial. O Paraná ficou atrás apenas de Santa Catarina (24,4%) e do Rio Grande do Sul (20,5%).
O resultado de abril de 2021, na comparação com o mesmo mês do ano passado, foi ainda mais expressivo. Primeiro lugar do Sul e terceiro do Brasil, a produção industrial estadual avançou 55,1% no período, reflexo da recuperação econômica, já que abril de 2020 foi um dos meses mais restritivos da Pandemia da Covid-19. No País, o crescimento foi de 34,7%.
Com relação a março deste ano, o resultado de 0,2% no Estado foi menos expressivo, mas ainda positivo. Apenas seis das 15 regiões avaliadas pelo IBGE apresentaram crescimento no período, e no Brasil a retração foi de 1,3% de um mês para o outro.
No acumulado dos últimos 12 meses, a produção industrial paranaense avançou 4,7%, dividindo o terceiro melhor resultado brasileiro com o Rio Grande do Sul. A média nacional de crescimento foi de 1,1% no período.
“Diversos índices mostram, mês a mês, que o Paraná caminha para superar os obstáculos impostos pela pandemia na economia. O crescimento da indústria paranaense é um deles, assim como a geração de emprego, recorde no quadrimestre, e a produção agropecuária”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
“Muitas empresas estão anunciando investimentos do Estado, resultado do bom relacionamento com o Governo do Estado e do bom ambiente do Paraná para negócios. É dessa forma, com a união de esforços, que vamos avançar”, afirma.
No quadrimestre, a indústria de transformação do Paraná avançou em 11 dos 13 setores analisados pelo IBGE. O crescimento mais expressivo foi na fabricação de máquinas e equipamentos, que aumentou 59,5% no período.
É seguido pela fabricação de produtos de madeira (49,7%); de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (41,2%); de veículos automotores, reboques e carrocerias (41%); de móveis (35,9%); produtos minerais não metálicos (34,1%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (25,5%); borracha e material não plástico (20,6%); outros produtos químicos (13,5%); bebidas (12,9%); e de coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (10,3%).
As únicas retrações foram nos segmentos de produtos alimentícios (-4,8) e celulose, papel e produtos de papel (-6,6%).
Na comparação com abril de 2020, o crescimento foi expressivo em praticamente todos os segmentos, com destaque para a indústria automobilística, que saltou 4.006,9% com relação ao ano passado.
Também avançaram a fabricação de máquinas e equipamentos (311,3%); de móveis (148,8%); produtos de madeira (129,1%); produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (79,5%); bebidas (76,1%); produtos de minerais não metálicos (64,3%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (57,1%); produtos de borracha e material não plástico (30,9%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (30,2%); e outros produtos químicos (4%).
Novamente, os setores que tiveram redução na produção foram o de celulose, papel e produtos de papel (-19%) e produtos alimentícios (-6,9%).
No acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2020 a abril de 2021 com maio de 2019 e abril de 2020), o melhor resultado foi na fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamento (29,6%). Na sequência estão os produtos de madeira (23%); móveis (20,9%); produtos de minerais não metálicos (20,9%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (15,9%); bebidas (14%); produtos de borracha e material não plástico (11,9%); coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (7,7%); máquinas e equipamentos (6,7%); produtos alimentícios (4,9%).
Houve queda na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-16,8%); celulose, papel e produtos de papel (-3,9%) e de outros produtos químicos (-1,9%).
FONTE: Agência Estadual de Notícias (AEN).