A Igreja Católica celebra nesta terça-feira (29), o Dia do Papa, comemorado anualmente nesta mesma data religiosa que tem o propósito de homenagear o trabalho do líder da Igreja Católica Apostólica Romana: o Papa. Eleito pelo Colégio dos Cardeais, esse posto é vitalício.
Papa, do latim Papa, e do grego Pappas, significa “papai”. Ele é o maior líder religioso entre os católicos, com o poder e obrigação de disseminar entre todos os demais membros do clero a palavra de Deus e, consequentemente, para todas as pessoas com fé nesta doutrina.
A sede do Papado é no Vaticano, um estado independente localizado dentro da cidade italiana de Roma.
O Dia do Papa é celebrado em 29 de junho em referência a São Pedro, que teria sido o “pai da Igreja Católica” e primeiro Papa da história, conforme narra a Bíblia. Acredita-se que São Pedro morreu em 29 de junho de 64 d.C, durante o período em que ainda havia uma grande perseguição contra os cristãos.
Atualmente, o Papa Francisco (Jorge Mario Bergoglio, nome de batismo) é o nome do 266º Papa da Igreja Católica, e o chefe do Estado do Vaticano desde março de 2013, sucedendo o Papa Bento XVI, que abdicou do posto em fevereiro do mesmo ano.
1) São Pedro (33 a 67) 2) São Lino (67 a 76) 3) Santo Anacleto (76 a 88) 4) São Clemente I (88 a 97) 5) Santo Evaristo (97 a 105) 6) Santo Alexandre I (105 a 115) 7) São Sisto I (115 a 125) 8) São Telésforo (125 a 136) 9) Santo Higino (136 a 140) 10) São Pio I (140 a 154) 11) Santo Aniceto (155 a 166) 12) São Sotero (166 a 174) 13) Santo Eleutério (174 a 189) 14) São Vitor I (189 a 199) 15) São Zeferino (199 a 217) 16) São Calisto I (217 a 222) 17) Santo Urbano I (222 a 230) 18) São Ponciano (230 a 235) 19) Santo Antero (235 a 236) 20) São Fabiano (236 a 250) 21) São Cornélio (251 a 253) 22) São Lúcio I (253 a 254) 23) Santo Estevão I (254 a 257) 24) São Sisto II (257 a 258) 25) São Dionísio (259 a 268) 26) São Félix I (269 a 274) 27) Santo Eutiquiano (275 a 283) 28) São Caio (283 a 296) 29) São Marcelino (296 a 304) 30) São Marcelo I (308 a 309) 31) Santo Eusébio (309 a 310) 32) São Melquíades (311 a 314) 33) São Silvestre I (314 a 335) 34) São Marcos (336) 35) São Júlio I (337 a 352) 36) Libério (352 a 366) 37) São Dâmaso I (366 a 384) 38) São Sirício (384 a 399) 39) Santo Anastácio I (399 a 401) 40) Santo Inocêncio I (401 a 417) 41) São Zósimo (417 a 418) 42) São Bonifácio I (418 a 422) 43) São Celestino I (422 a 432) 44) São Sisto III (432 a 440) 45) São Leão Magno (440 a 461) 46) Santo Hilário (461 a 468) 47) São Simplício (468 a 483) 48) São Félix III (II) (483 a 492) 49) São Galásio I (492 a 496) 50) Anastácio II (496 a 498) 51) São Símaco (498 a 514) 52) São Hormisdas (514 a 523) 53) São João I (523 a 526) 54) São Félix IV (III) (526 a 530) 55) Bonifácio II (530 a 532) 56) João II (533 a 535) 57) Santo Agapito I (535 a 536) 58) São Silvério (536 a 537) 59) Vigílio (537 a 555) 60) Pelágio I (556 a 561) 61) João III (561 a 574) 62) Bento I (575 a 579) 63) Pelágio II (579 a 590) 64) São Gregório I (590 a 604) 65) Sabiniano (604 a 607) 66) Bonifácio III (607 a 608) 67) São Bonifácio IV (608 a 615) 68) São Adeodato I (615 a 618) 69) Bonifácio V (619 a 625) 70) Honório I (625 a 638) 71) Severino (640) 72) João IV (640 a 642) 73) Teodoro I (642 a 649) 74) São Martinho I (649 a 655) 75) Santo Eugênio I (655 a 657) 76) São Vitaliano (657 a 672) 77) Adeodato II (672 a 676) 78) Dono (676 a 678) 79) Santo Ágato (678 a 681) 80) São Leão II (682 a 683) 81) São Bento II (684 a 685) 82) João V (685 a 686) 83) Cônon (686 a 687) 84) São Sérgio I (687 a 701) 85) João VI (701 a 705) 86) João VII (705 a 707) 87) Sisínio (707 a 708) 88) Constantino I (708 a 715) 89) São Gregório II (715 a 731) 90) São Gregório III (731 a 741) 91) São Zacarias (741 a 752) 92) Estevão II (752 a 757) 93) São Paulo I (757 a 767) 94) Estevão III (768 a 772) 95) Adriano I (772 a 795) 96) São Leão III (795 a 816) 97) Estevão IV (816 a 817) 98) São Pascoal I (817 a 824) 99) Eugênio II (824 a 827) 100 ) Valentim I (827) 101) Gregório IV (827 a 844) 102) Sério II (844 a 847) 103) São Leão IV (847 a 855) 104) Bento III (855 a 858) 105) São Nicolau I (858 a 867) 106) Adriano II (867 a 872) 107) João VIII (872 a 882) 108) Mariano I (882 a 884) 109) Santo Adriano III (884 a 885) 110) Estevão V (885 a 891) 111) Formoso (891 a 896) 112) Bonifácio VI (896) 113) Estêvão VI (896 a 897) 114) Romano (897) 115) Teodoro II (897) 116) João IX (898 a 900) 117) Bento IV (900 a 903) 118) Leão V (903) 119) Sérgio III (904 a 911) 120) Anastácio III (911 a 913) 121) Lando (913 a 914) 122) João X (914 a 928) 123) Leão VI (928) 124) Estevão VII (929 a 931) 125) João XI (931 a 935) 126) Leão VII (936 a 939) 127) Estêvão VIII (939 a 942) 128) Marino II (942 a 946) 129) Agapito II (946 a 955) 130) João XII (955 a 964) 131) Leão VIII (964 a 965) 132) Bento V (965) 133) João XIII (965 a 972) | 134) Bento VI (973 a 974) 135) Bento VII (974 a 983) 136) João XIV (983 a 984) 137) João XV (984 a 996) 138) Gregório V (996 a 999) 139) Silvestre II (999 a 1003) 140) João XVII (1003) 141) João XVIII (1003 a 1009) 142) Sérgio IV (1009 a 1012) 143) Bento VIII (1012 a 1024) 144) João XIX (1024 a 1032) 145) Bento IX (1032 a 1044) 146) Silvestre III (1044) 147) Bento IX (2ª vez) (1045) 148) Gregório VI (1045 a 1046) 149) Clemente II (1046 a 1047) 150) Bento IX (3ª vez) (1047 a 1048) 151) Dâmaso II (1048) 152) São Leão IX (1049 a 1054) 153) Vitor II (1055 a 1057) 154) Estêvão IX (1057 a 1058) 155) Nicolau II (1059 a 1061) 156) Alexandre II (1061 a 1073) 157) São Gregório VII (1073 a 1085) 158) Beato Vitor III (1086 a 1087) 159) Beato Urbano II (1088 a 1099) 160) Pascoal II (1099 a 1118) 161) Gelásio II (1118 a 1119) 162) Calisto II (1119 a 1124) 163) Honório II 91124 a 1130) 164) Inocêncio II (1130 a 1143) 165) Celestino II (1143 a 1144) 166) Lúcio II (1144 a 1145) 167) Beato Eugênio III (1145 a 1153) 168) Anastácio IV (1153 a 1154) 169) Adriano IV (1154 a 1159) 170) Alexandre III (1159 a 1181) 171) Lúcio III (1181 a 1185) 172) Urbano III (1185 a 1187) 173) Gregório VIII (1187) 174) Clemente III (1187 a 1191) 175) Celestino III (1191 a 1198) 176) Inocêncio III (1198 a 1216) 177) Honório III (1216 a 1227) 178) Gregório IX (1227 a 1241) 179) Celestino IV (1241) 180) Inocêncio IV (1243 a 1254) 181) Alexandre IV (1254 a 1261) 182) Urbano IV (1261 a 1264) 183) Clemente IV (1265 a 1268) 184) Beato Gregório X (1271 a 1276) 185) Beato Inocêncio V (1276) 186) Adriano V (1276) 187) João XXI (1276 a 1277) 188) Nicolau III (1277 a 1280) 189) Matinho IV (1281 a 1285) 190) Honório IV (1286 a 1287) 191) Nicolau IV (1288 a 1292) 192) São Celestino V (1293 a 1294) 193) Bonifácio VIII (1294 a 1303) 194) Beato Bento XI (1303 a 1304) 195) Clemente V (1305 a 1314) 196) João XXII (1316 a 1334) 197) Bento XII (1334 a 1342) 198) Clemente VI (1342 a 1352) 199) Inocêncio VI (1352 a 1362) 200) Bento Urbano V (1362 a 1370) 201) Gregório XI (1370 a 1378) 202) Urbano VI (1378 a 1389) 203) Bonifácio IX (1389 a 1404) 204) Inocêncio VII (1404 a 1406) 205) Gregório XII (1406 a 1415) 206) Martinho V (1417 a 1431) 207) Eugênio IV (1431 a 1447) 208) Nicolau V (1447 a 1455) 209) Calisto III (1455 a 1458) 210) Pio II (1458 a 1464) 211) Paulo II (1464 a 1471) 212) Sisto IV (1471 a 1484) 213) Inocêncio VIII (1484 a 1492) 214) Alexandre VI (1492 a 1503) 215) Pio III (1503) 216) Júlio II (1503 a 1513) 217) Leão X (1513 a 1521) 218) Adriano VI (1522 a 1523) 219) Clemente VII (1523 a 1534) 220) Paulo III (1534 a 1549) 221) Júlio III (1550 a 1555) 222) Marcelo II (1555) 223) Paulo IV (1555 a 1559) 224) Pio IV (1559 a 1565) 225) São Pio V (1566 a 1572) 226) Gregório XIII (1572 a 1585) 227) Sisto V (1585 a 1590) 228) Urbano VII (1590) 229) Gregório XIV (1590 a 1591) 230) Inocêncio IX (1591) 231) Clemente VIII (1592 a 1605) 232) Leão XI (1605) 233) Paulo V (1605 a 1621) 234) Gregório XV (1621 a 1623) 235) Urbano VIII (1623 a 1644) 236) Inocêncio X (1644 a 1655) 237) Alexandre VII (1655 a 1667) 238) Clemente IX (1667 a 1669) 239) Clemente X (1670 a 1676) 240) Beato Inocêncio XI (1676 a 1689) 241) Alexandre VIII (1689 a 1691) 242) Inocêncio XII (1691 a 1700) 243) Clemente XI (1700 a 1721) 244) Inocêncio XIII (1721 a 1724) 245) Bento XIII (1724 a 1730) 246) Clemente XII (1730 a 1740) 247) Bento XIV (1740 a 1758) 248) Clemente XIII (1758 a 1769) 249) Clemente XIV (1769 a 1774) 250) Pio VI (1775 a 1799) 251) Pio VII (1800 a 1823) 252) Leão XII (1823 a 1829) 253) Pio VIII (1829 a 1830) 254) Gregório XVI (1831 a 1846) 255) Pio IX (1846 a 1878) 256) Leão XIII (1878 a 1903) 257) São Pio X (1903 a 1914) 258) Bento XV (1914 a 1922) 259) Pio XI (1922 a 1939) 260) Pio XII (1939 a 1958) 261) João XXIII (1958 a 1963) 262) Paulo VI (1963 a 1978) 263) João Paulo I (1978) 264) João Paulo II (1978 a 2005) 265) Bento XVI (2005 a 2013) |
Anuário Pontifício de 2008, Frei Evaldo Xavier (CNBB)
Papa Francisco (1936) é um religioso católico, o 226.º papa da história da Igreja, o primeiro pontífice não europeu em 1 200 anos. É o primeiro papa vindo da América Latina. Foi eleito Papa no conclave de 13 de março de 2013.
Papa Francisco ou Jorge Mario Bergoglio nasceu no bairro de Flores, em Buenos Aires, Argentina, no dia 17 de dezembro de 1936. Seus avós, imigrantes italianos, chegaram à Argentina em 1927, acompanhados dos seis filhos, entre eles, Mario, o pai do papa.
Infância e juventude
Seu pai, Mario José Bergoglio era ferroviário e sua mãe, Regina Maria Sivoni era dona de casa. Criado na fé católica, Jorge recebeu grande influência de sua avó paterna que era presença constante na sua infância.
Identificado com sua fé, com 15 anos foi designado por seu professor de religião a preparar para a primeira comunhão seus dois colegas que ainda não tinham recebido o sacramento.
Como qualquer jovem, frequentava festas e convivia com um grupo de amigos e também não perdia as missas dominicais. Aos 17 anos começou a despertar a vontade de seguir a carreira religiosa.
Após o ensino médio, ingressou em uma escola técnica onde cursou química concluindo o curso em 1957.
Companhia de Jesus
Depois de se graduar como técnico em química, então com 21 anos, ingressou no seminário da Companhia de Jesus e se formou em filosofia.
Passou a lecionar em colégios da Companhia de Jesus em Santa Fé e em Buenos Aires. Nessa época contraiu uma doença respiratória tendo que se submeter a uma cirurgia para retirar um pulmão.
O futuro Papa Francisco foi ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1969. Em 1970, graduou-se em teologia na Faculdade de Filosofia e Teologia de São Miguel. Entre os anos de 70 e 80, lecionou filosofia e teologia em escolas de Buenos Aires.
Em 1973 tornou-se responsável pela ordem jesuíta na Argentina, função que exerceu até 1979, em um tempo violento da ditadura militar no país.
Em 1986, passou alguns meses na Alemanha, para finalizar sua tese de doutorado. Em 1992, foi designado bispo auxiliar de Buenos Aires e em 1998, arcebispo primaz da Argentina.
Iniciou um intenso trabalho pastoral dedicado às classes populares e denunciando as injustiças econômicas e sociais. As visitas às comunidades pobres de Buenos Aires foram uma de suas marcas à frente da diocese.
Nessa época, o futuro Papa Francisco mantinha uma rotina que começava às 4 e meia da manhã e terminava às 9 horas da noite. Morava sozinho em um apartamento no 2.} andar do edifício da arquidiocese, ao lado da Catedral de Buenos Aires, na Praça de Maio.
O título de cardeal lhe foi concedido em 21 de fevereiro de 2001, no papado de João Paulo II.
O futuro Papa Francisco esteve no Brasil em 2007, para a 5.ª Conferência do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em Aparecida, durante a visita do Papa Bento XVI.
Em 2005, após a morte do Papa João Paulo II, o cardeal Mario Bergoglio foi o principal oponente de Ratzinger.
No ritual da eleição o argentino foi o segundo mais votado entre os cardeais, atrás apenas do alemão Joseph Ratzinger que assumiu o papado como Bento XVI.
A eleição e o pontificado
Em 2013, com a renúncia do Papa Bento XVI, em 28 de fevereiro, começaram os preparativos para a eleição do novo papa.
O cardeal Bergoglio desembarcou em Roma duas semanas antes do conclave. Não usou o automóvel do Vaticano que estava à sua disposição e seguiu a pé para a Santa Sé.
Na Capela Sistina, na primeira das cinco votações, os votos se distribuíram entre vários nomes. Na segunda, três candidatos se destacaram: o argentino Bergoglio, o italiano Angelo Scola e o canadense Marc Ousellet.
A vantagem de Bergoglio se consolidou na terceira votação. Na quinta, ele obteve um grande consenso quando atingiu dois terços dos votos, 77 de 115.
Após sua eleição, no dia 13 de março de 2013, o novo papa se dirigiu ao balcão da Basílica de São Pedro para saldar a multidão que o esperava na Praça de São Pedro.
O nome Francisco foi escolhido por Bergoglio em referência a São Francisco de Assis, pela sua simplicidade e dedicação aos pobres.
O Papa Francisco se tornou o primeiro papa latino-americano, o primeiro vindo de uma congregação jesuíta e o primeiro a adotar o nome de Francisco.
O Papa Francisco recusou-se viver no luxo do Palácio Episcopal e preferiu morar na casa Santa Marta e refez seu compromisso com os pobres e com a justiça social.
No dia 22 de julho do mesmo ano o Papa Francisco desembarcou no Rio de Janeiro, para a Jornada Mundial da Juventude, que reuniu mais de um milhão de jovens de várias partes do mundo.
A Fé e o Mundo segundo o Papa Francisco
“O verdadeiro poder de uma liderança religiosa vem de seu serviço. Quando deixa de servir, o religioso se transforma em um mero gestor. O líder religioso compartilha, sofre e serve a seus irmãos.”
“A vida cristã também é uma espécie de atletismo, de disputa, de corrida, em que é preciso se desvencilhar das coisas que nos separam de Deus.”
“Ao homem eu digo que não conheça a Deus de ouvidos. O Deus vivo é aquele que se vê com seus olhos, dentro de seu coração.”
“A Igreja defende a autonomia das questões humanas. Uma autonomia saudável é uma laicidade saudável, em que se respeitam as diferentes competências”. A Igreja dá os valores e os outros façam o resto.”
Separo o tema do aborto de qualquer concepção religiosa. É um problema científico. Não permitir o desenvolvimento de um ser que já dispõe de um código genético de um ser humano não é ético. Abortar é matar alguém que não pode se defender”.
“Gosto quando se fala de pessoa homossexual. A pessoa vem primeiro, em sua integridade e dignidade. Somos todos, criaturas amadas por Deus”.