Estudo da CNDL/SPC Brasil aponta que Smartphones e eletrônicos foram os itens mais comprados. 62% pesquisam produto
usado antes de comprar um novo
O orçamento apertado das famílias e o desemprego em patamares elevados têm levado muitas pessoas a buscar alternativas na hora de fazer compras ou mesmo para fazer um dinheiro extra.
Um levantamento realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, revela que os produtos usados vêm ganhando espaço entre os consumidores online.
De acordo com o levantamento, três em cada dez (33%) entrevistados adquiriram algum item de segunda-mão pela internet nos últimos 12 meses à pesquisa, um aumento de 4 pontos percentuais em comparação com 2019. O ranking dos objetos mais adquiridos é encabeçado por:
- Celulares ou Smartphones (34%);
- Eletrônicos (26%);
- Livros (26%);
- Eletrodomésticos (25%);
- Roupas e Sapatos (24%).
Dados da pesquisa também mostram uma parcela significativa de consumidores digitais que vem se desfazendo de objetos sem uso, principalmente para conseguir uma renda extra. O levantamento aponta que 33% dos entrevistados venderam itens pessoais em sites especializados ou redes sociais, como:
- Eletrodomésticos (31%);
- Celulares e Smartphones (29%);
- Eletrônicos (28%);
- Roupas e sapatos (22%);
- móveis (17%).
Boa parte dos entrevistados (63%) afirmaram ainda que possuem itens sem uso em casa que poderiam ser vendidos, sendo que 80% têm interesse na venda destes itens, seja para comprar coisas que precisam (44%), guardar dinheiro (32%) ou pagar dívidas (27%).
Economizar é a principal razão para comprar produtos usados
A principal razão apontada pelos adeptos da compra de usados pela web é a financeira:
- 77% destacaram a economia de gastos nas transações;
- 33% demonstraram preocupação em consumir de forma sustentável e consciente;
- 28% revelaram passar por apertos no orçamento, o que justifica a prática como forma de adquirir produtos a preços acessíveis.
Os locais de compras mais citados foram sites especializados (75%), comunidades na internet ou redes sociais (47%) e aplicativos (21%).
“O comércio de usados vem ganhando cada vez mais espaço. Diante do cenário econômico atual, a venda de produtos de segunda mão tem sido a chance para muitas pessoas de adquirir itens a preços acessíveis e lucrar com objetos que estariam parados ou ocupando espaço em garagens e armários”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.
6 em cada 10 consumidores pesquisam usados antes de adquirir produtos novos
O crescimento do mercado de produtos usados tem impactado também na jornada de compra dos clientes. De acordo com a pesquisa, 62% dos consumidores online costumam verificar a possibilidade de comprar um produto usado antes de um novo,
especialmente quando se trata de:
- Celulares/Smartphones (20%);
- Carro/Moto (19%);
- Livros (17%);
- Eletrodomésticos (17%).
A segurança também é um item fundamental para os consumidores: 100% dos entrevistados afirmaram que tomam algum tipo de cuidado no processo de compra, sobretudo procurando lojas e sites confiáveis (45%); verificando as recomendações dos consumidores (42%); se os preços estão dentro do valor de mercado (42%); e pedindo garantias (39%).
“As plataformas online de compra e venda têm investido em segurança e agilidade para que o consumidor se sinta cada vez mais tranquilo para este tipo de comércio. É importante que o comprador fique atento para não cair em fraudes, preferindo fazer as negociações por meio das plataformas e desconfiando de ofertas muito abaixo do preço
de mercado”, afirma Costa.
Mais da metade dos consumidores que fizeram compras de produtos usados (54%) afirmou que recebeu o produto da última compra em casa ou local combinado, enquanto 43% retiraram pessoalmente no local acordado. 96% tiveram as expectativas
atendidas com a última compra de produtos usados pela internet, sendo que 73% avaliaram que o produto estava de acordo com o que foi anunciado e 22% que o produto estava em bom estado.
FONTE: Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)