“Uma oração para filhos amados” (Lc 11, 1-4)
Jesus estava orando em certo lugar, porque a melhor parte está na oração, e, quando terminou, um dos discípulos pediu-lhe para ensiná-los a rezar.
E Jesus começou logo o Pai-Nosso, como se estivesse prolongando a sua própria oração. Os apóstolos ouviram as palavras de Jesus, guardaram de memória, transmitiram, escreveram. Os biblistas perguntam muitas vezes quais foram exatamente as palavras ditas pelo próprio Jesus? Nem sempre sabemos.
Qual foi o Pai-Nosso que Jesus ensinou? O Pai-Nosso de Lucas é um pouco menor que o de Mateus. Mateus acrescentou alguma coisa ou Lucas tirou? Os intérpretes dizem que o texto-base é o de Lucas, com cinco petições, e Mateus acrescentou dois pedidos para obter o número sete, que aparece diversas vezes no seu Evangelho. Mateus acrescentou: “Seja feita a tua vontade, na terra como no céu”, e: “Livra-nos do Maligno”.
Há ainda outras pequenas diferenças: Em Mateus, o Pai está nos céus, o pão é para hoje, e o perdão é para as dívidas. Em Marcos, o pão é o de cada dia e o perdão é para os pecados. A tradição cristã reza o Pai-Nosso como está em São Mateus. Cada palavra do Pai-Nosso merece toda a nossa atenção, e cada frase pode ser repetida e meditada várias vezes ao longo do dia. Na liturgia latina, o Pai-Nosso é rezado três vezes por dia, no ofício de Laudes, na Missa e nas Vésperas.