A Justiça adiou pela sexta vez o júri popular do homem acusado de matar a ex-esposa com golpes de barra de ferro e, depois, passar com o carro por cima do corpo dela, em São Mateus do Sul.
O júri estava marcado para acontecer nesta quinta-feira (21), mas um dos advogados de defesa apresentou um atestado médico informando que está se recuperando de um procedimento cirúrgico.
Após o pedido, um novo advogado assumiu a defesa do réu, mas como a troca aconteceu a menos de 24 horas da data que tinha sido marcada anteriormente, não foi possível cancelar o adiamento do júri.
Com a decisão, o julgamento foi marcado para o dia 25 de novembro. O sorteio dos jurados vai acontecer no dia 9 de novembro.
Em quatro oportunidades, o júri foi adiado por causa da situação da Pandemia do novo Coronavírus, que não permitia que fossem realizadas sessões presenciais.
Outro adiamento aconteceu por causa da indisponibilidade de magistrados na Vara da comarca.
O crime
Elza Ribeiro, de 22 anos, foi morta com golpes de barra de ferro em 5 de maio de 2019.
Alisson Ferraz Barbosa, de 31 anos, responde pelo crime de feminicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e mediante recurso que impossibilitou defesa da vítima.
Em depoimento à polícia, quando foi preso, Alisson Ferraz Barbosa confessou ter matado a ex-companheira.
Os dois foram casados por cerca de sete anos e se separaram oito meses antes do crime. Segundo a polícia, Elza tinha medidas protetivas em aberto contra o réu.
Ele disse à polícia que foi até a casa de Elza com a intenção de matar a vítima. No depoimento, Alisson disse ter matado ela porque “estava com raiva”.
Na época da prisão, a polícia informou que o homem confessou que derrubou Elza, bateu com a barra três vezes na cabeça dela e passou com o carro duas vezes por cima da vítima.
Elza foi levada com vida ao Pronto Socorro Municipal, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
A PM encontrou o suspeito dentro de um carro, próximo à casa dos pais dele. O homem foi levado para a Delegacia de São Mateus do Sul. Alisson está preso desde então.
O que dizem os citados
A defesa de Alisson Ferraz Barbosa que assumiu o caso nesta terça-feira (20), representada pelo advogado Caio Percival, afirmou que “ao contrário do que vem sendo propalado, que o réu e a defesa querem a realização do júri, momento em que se colocará a disposição do acusado todos os recursos defensivos disponíveis em direito”.
A defesa da família de Elza Ribeiro, representada pelo advogado Igor José Ogar, afirmou que lamenta pelo novo adiamento. “Quem mais sofre com isso são as pessoas que mais anseiam pela realização do julgamento, que são os familiares da vítima. Pois esperam que a Justiça seja feita há mais de dois anos”.
FONTE: G1 PARANÁ.