O Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) estima que 20,8 milhões de toneladas de soja sejam produzidas na safra 2021/22 no estado.
O valor representa aumento de 6% em relação à safra anterior (2020/21), quando a produção foi de 19,7 milhões de toneladas do produto, segundo o departamento.
A safra atual da soja está em fase de plantio, mas produtores relatam atrasos no planejamento por causa das chuvas.
“A soja precoce, com plantio previsto para começo de outubro, está um pouco atrasada porque choveu bastante. A chuva é bem-vinda, mas precisa chover e abrir o sol para que a gente possa entrar com a plantadeira na lavoura”, explica o produtor rural Vilmar Opalinski.
A expectativa dos produtores é de que a soja esteja pronta para a colheita a partir de fevereiro.
Aumento no valor dos insumos
De acordo com os agricultores, o custo da produção está maior por causa de um reajuste no valor dos insumos, e a aposta na tecnologia é uma opção para contornar o aumento.
“Vamos tentar investir mais em tecnologia. Um fertilizante melhor para tentar melhorar a produção”, disse Vilmar .
No entanto, apesar dos custos, o rendimento da soja ainda é alto. Segundo o Deral, a estimativa é que os produtores recebam R$ 3 para cada real investido na safra de 2021/22.
Demanda maior do produto
A demanda pela soja está em movimento crescente no estado, segundo análise do Deral.
O aumento do consumo doméstico, a estocagem do produto por outros países e o crescimento na produção fizeram com que a soja valorizasse durante a pandemia.
A demanda maior interfere diretamente no preço de comercialização e, consequentemente, nos ganhos de quem produz.
“O produtor de soja, apesar dos custos maiores, está sorrindo à toa. Isso porque o custo de produção nos últimos anos subiu em torno de 4%, enquanto o preço de venda aumentou em média 28%. A margem bruta, como chamamos, é praticamente 300% sobre o custo de produção. Poucas atividades comerciais têm esse potencial de rentabilidade”, conclui o analista do Deral, Edmar Gervásio.
FONTE: G1 PARANÁ.