“O toque da compaixão” (Mc 1, 40-45)
A situação dos leprosos era trágica nos tempos bíblicos (Lv 13). Leproso devia ficar isolado e impedir que alguém se aproximasse dele. Leproso era como morto. Ninguém podia tocar num leproso. A palavra/ação de Jesus, no entanto, põe a pessoa acima da Lei. Jesus se compadece e toca no leproso.
Curar um leproso era como ressuscitar um morto. Jesus, então, se retira para lugares ermos, ou seja, não quer a fama de milagreiro, e assume o lugar do leproso que saiu do lugar deserto e voltou ao convívio comunitário. O leproso curado deve se apresentar ao sacerdote; gesto que servirá de testemunho para ele.
O sacerdote é representante oficial da Lei. A Lei exclui. Jesus reintegra. Logo, acontece aí um confronto entre a religião oficial e a palavra/ação de Jesus. Isso tem um preço. Ele se retira. Hoje existem, como outrora, pessoas que carregam o pesado fardo da exclusão, inclusive religiosa. A ação da Igreja deve buscar os excluídos de toda sorte. Assim é fiel à prática de Jesus.