“O amor é a lei suprema” (Mt 3, 1-6)
Continuando a lógica da perícope anterior, de que o sábado é para o homem e não o homem para o sábado (2,27-28), desenrola-se o relato de hoje. Mais uma vez os adversários legalistas se chocam com a prática libertadora de Jesus. É permitido curar em dia de sábado? Pela Lei do AT, não.
Mas Jesus coloca o ser humano acima da Lei. O valor máximo para Jesus não são as leis, mas a vida das pessoas. O homem da mão seca não pode agir (Sl 137,5), portanto, não precisa esperar o dia seguinte. Jesus, com seu gesto de indignação e cura, mostra que a verdadeira religião não está na observância esclerosada e casuística de leis, mas no amor e no compromisso com a vida. O sábado é um meio para favorecer a vida, e não se pode transformar o homem em escravo do sábado.
O que vale diante de Deus é o ser humano, não o sábado. Porém, essa postura provoca a ira dos adversários de Jesus, que se aliam (fariseus e herodianos) para planejar a morte de Jesus. Também hoje se nota um conflito entre posturas religiosas legalistas e o verdadeiro amor pela libertação das pessoas. Qual deve ser a postura dos cristãos?