Em meio ao avanço de casos positivos de Covid-19 no Brasil, motivado pela disseminação da variante Ômicron, o Ministério da Saúde avalia a possibilidade de comprar a pílula antiviral Paxlovid contra o coronavírus, fabricada pela Pfizer.
O laboratório deve solicitar autorização para uso do novo medicamento à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nas próximas semanas.
De acordo com a farmacêutica, a pílula tem 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes de pacientes de alto risco contaminados pelo novo coronavírus.
No entanto, se a autorização concedida pela Anvisa for para registro definitivo, a incorporação do medicamento ao SUS deverá ser avaliada pelo plenário da Conitec.
Ainda não há estimativa de valor do investimento brasileiro, porque tudo depende do volume a ser adquirido e das negociações com o laboratório.
A princípio, os remédios dessa compra serão destinados às unidades do SUS, não à rede particular de farmácias e hospitais.
Benefícios
De acordo com comunicado divulgado pela Pfizer em dezembro de 2021, análises intermediárias de um estudo em andamento com voluntários adultos apontaram redução de 70% nas hospitalizações e nenhuma morte no grupo tratado com o remédio, em comparação aquele que recebeu placebo.
“Uma diminuição aproximada de 10 vezes na carga viral no dia 5, em relação ao placebo, foi observada, indicando atividade robusta contra o Sars-CoV-2 e representando a redução de carga viral mais forte relatada até o momento para um agente antiviral oral”, informou o laboratório.
“Estamos falando sobre um número impressionante de vidas salvas e hospitalizações evitadas. E, claro, se você implantar isso rapidamente após a infecção, provavelmente, reduziremos a transmissão drasticamente”, afirmou Abert Bourla, presidente do conselho e diretor-executivo da Pfizer, em comunicado.
Ao redor do mundo
O Canadá aprovou, nesta segunda-feira (17/1), o uso da pílula antiviral da Pfizer para o tratamento de casos leves a moderados de adultos com Covid-19. O país tenta solucionar o aumento do número de casos diários da infecção e de hospitalizações após a entrada da variante Ômicron no país.
“[Esta aprovação] é particularmente importante, pois o acesso a tratamentos fáceis de usar pode ajudar a reduzir a gravidade da Covid-19 em adultos que se infectam recentemente”, disse a chefe de Saúde Pública do país, Theresa Tam, à imprensa.
Também em dezembro de 2021, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) na sigla em inglês) aprovou o uso do Paxlovid em paciente adultos para o tratamento contra a Covid-19 durante os primeiros sintomas.
FONTE: METRÓPOLES