Viagens de curta distância são o foco para o crescimento do setor
O turismo foi um dos primeiros setores a sentir o forte impacto econômico da pandemia da Covid-19, no mundo todo, e ainda em um período de perspectivas de indicadores que deveriam ser positivos para o setor, seguindo a tendência de 2019.
Até outubro de 2019, o Paraná apresentava o segundo o maior crescimento turístico do Brasil (5,4%), superando, inclusive, a média nacional (1,5%). No período, o Estado também teve um aumento de 23% de empresas que aderiram ao cadastro de prestadores de serviços turísticos (Cadastur), o que representa mais 1.183 registradas. O Estado também marcou presença em pelo menos 30 eventos do setor.
Com a chegada da Pandemia, o setor elencado com atividades não essenciais, foi um dos primeiros a sofrer com a queda nas arrecadações econômicas, prejudicando inúmeras cidades por todo o mundo e também, no estado do Paraná.
As experiências em países que entraram na pandemia antes do Brasil indicavam que o turismo em áreas naturais, a uma distância de 200 quilômetros do mercado emissor, seria por onde reiniciaria a atividade, com pessoas viajando com seu grupo social, família ou amigos.
O projeto de retomada do Turismo no Estado envolveu também o apoio para o cadastramento junto ao Selo do Turismo Responsável; a elaboração conjunta dos Manuais de Conduta Segura para enfrentamento da Covid 19; a estruturação das campanhas de promoção e divulgação do turismo nos 12 polos emissores mapeados com base nas regiões turísticas do Estado.
Uma pesquisa realizada pela Paraná Turismo, em parceria com o Conselho Paranaense de Turismo, aponta que, apesar do período de pandemia, 72% dos pesquisados pretendem viajar até março de 2021, sendo que 94% deles desejam fazer viagens pessoais.
Passeios de curta distância são alternativa para o desenvolvimento do turismo
Viagens de curta distância, feitas de carro e dentro do grupo familiar, com foco na exploração do turismo ao ar livre e das belezas naturais. Esse é o ponto central da terceira fase da campanha de retomada da atividade no Paraná estruturada pelo Governo do Estado, que terá início em março com duração até agosto.
A intenção é incentivar o turista a viajar respeitando todas as normas sanitárias previstas no protocolo de segurança da Covid-19. Ou seja, incrementar um setor importante da economia para a geração de emprego e renda mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus.
O planejamento elaborado pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo marca a retomada da campanha logo após o fim da temporada de verão. O investimento será de R$ 512 mil, com apoio do Governo Federal. O projeto prevê divulgação em diferentes mídias de comunicação e sociais.
O projeto é uma iniciativa da Paraná Turismo e Invest Paraná, em parceria com instituições representativas dos setores público e privado que fazem parte do Conselho Paranaense de Turismo (Cepatur). Conta também com a colaboração das Instâncias de Governança Regionais (IGR’s) das 14 regiões turísticas do Paraná.
Foram mapeados 12 mercados emissores (de onde partem os turistas) dentro do Estado: Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Umuarama, Campo Mourão, Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Francisco Beltrão e Guarapuava.
A definição dos polos levou em consideração a densidade populacional e da capacidade de renda. Porém, explicou o secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, os 217 municípios paranaenses que pertencem ao Mapa do Turismo serão beneficiados pelo programa de retomada.