Suspeitos de desviarem quase R$ 1 milhão do Auxílio Emergencial são presos pela PF
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (6/4) a Operação Checker, com o objetivo de desmantelar um esquema de fraudes no recebimento do auxílio emergencial do Governo Federal e identificar possível envolvimento de organização criminosa com a defraudação.
Cerca de 12 Policiais Federais cumpriram 2 mandados de prisão preventiva e 2 mandados de busca e apreensão em Umuarama, na região Noroeste do Paraná.
Para efetuarem as fraudes, os investigados faziam uso de programas de computador geradores de CPFs e softwares chamados “checkers” que indicavam os titulares aptos a receber o Auxílio Emergencial.
Os saques eram realizados diretamente no caixa eletrônico, na agência bancária, ou então, quando em valores maiores, por meio de transferência através do sistema PIX.
Estima-se que o prejuízo causado às vítimas das referidas fraudes, bem como aos cofres públicos, apenas pelos levantamentos iniciais, seja próximo a R$ 1 milhão, sem considerar outros potenciais envolvidos, o que será possível investigar a partir da análise dos materiais apreendidos.
Com a atuação dos investigados, além do enorme prejuízo ao erário, centenas de pessoas foram privadas do recebimento do benefício, justamente no momento mais agudo da pandemia.
O líder do esquema já foi investigado por outros crimes similares, coordenando golpes anteriores na região de Umuarama envolvendo falsificação de documentos e atuava no saque fraudulento do Auxílio Emergencial, com a utilização de softwares desenvolvidos por hackers, desde o início do programa.
A operação foi batizada de “Checker” em referência ao programa utilizado pelos investigados para obter acesso aos CPFs com potencial saldo em conta vinculada ao Auxílio Emergencial.
A Polícia Federal ressalta que, em razão da situação de pandemia causada pelo Coronavírus, foi adotada logística especial de preservação do contágio com distribuição de EPI’s a todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos policiais, testemunhas e investigados.
FONTE: Comunicação Social da Polícia Federal.