O Tenente Max Wolff Filho é paranaense, nascido no município de Rio Negro em 29 de julho de 1911, considerado um dos maiores, senão o maior herói da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
Max Wolff alistou-se como voluntário para a FEB, bem como o voluntariado se fez presente na maior parte dos seus atos no front. Destacou-se por liderar patrulhas de reconhecimento e por não deixar para trás os feridos na chamada “terra-de-ninguém.”
Seus atos de bravura não ficavam limitados somente ao número de inimigos abatidos e a exemplar disciplina demonstrada, mas também por sua coragem e destreza no resgate de seus companheiros feridos.
Wolff foi condecorado várias vezes, tanto pelo exército brasileiro quanto pelo norte-americano. Em sua seção no Museu do Expedicionário em Curitiba, é possível encontrar expostas as medalhas que recebeu, como a Cruz de Combate 1ª Classe, Medalha “Sangue do Brasil”, Medalha de Guerra, Medalha de Campanha e a Bronze Star do exército norte-americano.
Morreu em 12 de abril de 1945, e é lembrando pelos seus contemporâneos como grande patriota e exemplo de militar. As condições de sua morte e o resgate do seu corpo ainda causam polemica. Porém, a sua história na FEB não se destaca somente pelos seus feitos heróicos, mas também por sua biografia. Wolff, além de ter nascido em dos grandes núcleos de colonização alemã, possui origem germânica.
Neto de um coronel da Guarda Nacional nasceu em uma região que presenciou dois grandes combates da história brasileira, a Revolução Federalista e o Contestado. Durante os dois grandes conflitos mundiais, Rio Negro também sofreu uma série de eventos violentos, protagonizados pela população contra os imigrantes. Tais acontecimentos que podem ter influenciado Wolff diretamente.
Outros fatores que também podem ter determinado o seu comportamento, muitas vezes descrito como suicida por seus companheiros de front, é o fato de que possivelmente possuía problemas com seu pai de origem austríaca, o que justificaria a garra com que lutava contra os alemães. E ainda o fato de seu casamento ter fracassado. Wolff muitas vezes demonstrava um desapego a sua própria vida, bem como realizou um grande esforço para conseguir embarcar para a Itália rumo à guerra. Ele possuía uma idade avançada para o serviço militar e ainda limitações físicas, que foram vencidas afim de poder fazer parte da FEB.
FONTE: livro_memoria_museu_historia