Cometa que passa pela Terra a cada 50 mil anos poderá ser visto no Paraná

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O cometa C/2022 E3 (ZTF) passa pela Terra a cada 50 mil anos e poderá ser visto no Paraná até 10 de fevereiro.

Segundo Rogério Toniolo, professor de Física na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), a partir de sábado (4) o cometa começará a ficar mais alto e por mais tempo no céu, aumentando as chances de ser visto.

O melhor dia para a observação do astro será na terça-feira (7), conforme o professor Amauri Pereira, coordenador do Observatório Astronômico e Planetário do Colégio Estadual do Paraná (CEP).

“No dia 7 vai ser o dia que ele vai estar mais alto com relação ao horizonte, então, é o dia que ele vai ficar mais tempo na sua observação. Geralmente, nós só conseguimos observar os cometas quando eles estão próximos do Sol, porque o Sol e o vento solar acabam, em partes, descongelando aquela ‘bola de gelo suja’ que é o cometa, e aí aumenta a magnitude e o brilho dele”, explica Pereira.

Professor Amauri Pereira no Observatório Astronômico e Planetário do Colégio Estadual do Paraná — Foto: Arquivo Pessoal
Professor Amauri Pereira no Observatório Astronômico e Planetário do Colégio Estadual do Paraná — Foto: Arquivo Pessoal

Ainda conforme o professor, por conta da órbita do astro os astrônomos conseguem calcular o tempo que ele demorará para passar pela Terra novamente. A previsão é que demore mais 50 mil anos.

“É um cometa de longuíssimo período, a última vez que ele passou aqui na Terra os Neandertais passeavam por aqui”, afirma Pereira.

Dicas para ver o astro

O professor explica que a visualização do cometa está no limite da observação do olho humano, porque o astro está com um brilho considerado fraco.

Ambos os professores sugerem que o local de observação deve ser longe da poluição e luzes da cidade.

Eles afirmam também que sejam usados equipamentos como um binóculo ou telescópio.

Além disso, dão a dica de fazer uma fotografia de longa exposição, entre 20 a 30 segundos, com a câmera ou o celular em posição fixa.

Cometa verde é visto no Pico de las Nieves, uma região montanhosa na lha Gran Canaria, na Espanha. — Foto: REUTERS/Borja Suarez
Cometa verde é visto no Pico de las Nieves, uma região montanhosa na lha Gran Canaria, na Espanha. — Foto: REUTERS/Borja Suarez

De acordo com os professores, as câmeras digitais são mais sensíveis que o olho humano, o que permite o registro mais fácil do astro.

Outra dica compartilhada pelos professores é que o astro será mais visível no início na noite, antes da lua nascer. Mais tarde, o brilho refletido pela lua poderá “ofuscar” o cometa.

“Ele tem uma cauda de poeira e uma cauda gasosa, que é justamente do gás que ‘derreteu’, digamos assim, que é sempre contrária ao Sol, porque o vento solar que impulsiona essa cauda do cometa. Talvez seja um pouquinho mais fácil de observar, porque estamos em um período de máxima atividade solar, então se de repente ocorrer uma explosão no Sol e o vento solar atingir o cometa pode aumentar um pouco o brilho”, afirma Pereira.

Cometa verde

O professor Amauri Pereira explica também que o que atribui a cor esverdeada ao cometa é o cianeto que existe na composição do astro.

“É uma coloração muito peculiar, bonita e diferente do céu natural que a gente vê. Talvez com essa coloração ele se destaque como um objeto um pouquinho diferente do que costuma ser observado”, disse.

O cometa verde em registro do dia 31 de janeiro. — Foto: Michael Jäger/Divulgação
O cometa verde em registro do dia 31 de janeiro. — Foto: Michael Jäger/Divulgação

Frequência

De acordo com o professor Pereira, o desenvolvimento da ciência e dos equipamento de observação são aspectos que permitem a visualização de novos astros.

“É interessante que hoje as notícias de cometas estão ficando um pouco mais comuns e corriqueiras, porque nós temos grandes instrumentações que estão vasculhando o céu e fazendo essas descobertas”, explica Pereira.

FONTE: G1 PARANÁ

Redação
Redaçãohttps://ourovivo.com.br
Equipe de redação do Portal Ourovivo
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